E tudo isto é lindo e funcional e fofinho em dias de sol. O problema é aquela época do ano em que começa a chover - esta, portanto. Aí, Oeiras consegue transformar-se numa espécie de vila de um país de terceiro mundo: estradas cortadas, rios que transbordam, casas que sofrem inundações. E se nem mesmo o melhor concelho para viver em Portugal consegue controlar o tempo, o mesmo não se pode dizer sobre a limpeza das sarjetas. É que, como leiga que sou, me parece que bastaria isso para, por exemplo, não encerrarem o "sobe-e-desce" (é, Oeiras tem destas coisas) de cada vez que caem duas gotas de chuva. Mas sei lá eu!
Sexta-feira demorei duas horas de Paço de Arcos à estação de Oeiras - um percurso que, em dias normais, faria em 8 minutos. A única solução para conseguir chegar à escola da cria, onde já a imaginava com água pelo pescoço, foi abandonar o carro pelo caminho e, munida de um par de galochas e um guarda-chuva minúsculo da Barbie (o único que tinha), atravessar o rio feita Rambo, enquanto observava os carros com água pelos vidros num desvario de alarmes e luzes.
Senhor Isaltino, se me escuta: deixe lá as rotundas e invista num sistema de escoamento mais eficiente. Pelo andar da carruagem, ainda lhe vamos chamar Sr. Presidente durante mais uns 20 anos - tempo suficiente, portanto, para nos deixar uma vila tão bonita no Verão como no Inverno. O povo - os que votam e os que não votam em si - agradece.