No meu 10º ou 11º ano fui apresentada a uma forma de (vi)ver que me mudou para sempre: a filosofia. Todos temos um pouco de filósofos em nós, quando decidimos compreender, ou tentar compreender, aquilo que, de momento, não compreendemos. Filosofia estética, metafísica, moral... que importa? Filosofia, amor ao conhecimento, procura eterna, eterna sede de saber. Foi nessa disciplina, Filosofia, como se todos os seus princípios se pudessem aprender em 2 ou 3 anos, que aprendi uma das maiores lições, que guardo até hoje: o mais importante não são as respostas, mas saber fazer as perguntas.
"Só sei que nada sei", dizia, paradoxalmente, Platão. A aceitação de que nunca poderemos saber tudo foi uma das mais difíceis, a da inevitabilidade da ignorância. Talvez tenha sido devido a essa certeza de que não podemos compreender tudo que a ideia de Destino teve tanta força na Grécia....
Destino.. ou sorte? Quantas vezes não nos confrontámos com esta questão, face aos acontecimentos que não conseguimos compreender? Enquanto uns defendem a ideia de um destino inviolável, há quem se bata pelo lado do acaso. Irónico, o facto de destino e sorte serem, na sua essência, sinónimos. Prefiro acreditar no livre arbítrio: se tudo estiver destinado, que resta ao homem senão seguir coordenadas já traçadas? Diz-me um defensor do destino: Mas foste tu que traçaste o teu destino, quando ainda não eras corpo, para que pudesses aprender alguma lição. Aceito o argumento, enquanto é coerente. Renego-o quando me pergunta se sei o que acontece quando não cumprimos o nosso destino:
é porque estava traçado não o cumprirmos e, assim sendo, não era o nosso destino... certo?
"Só sei que nada sei", dizia, paradoxalmente, Platão. A aceitação de que nunca poderemos saber tudo foi uma das mais difíceis, a da inevitabilidade da ignorância. Talvez tenha sido devido a essa certeza de que não podemos compreender tudo que a ideia de Destino teve tanta força na Grécia....
Destino.. ou sorte? Quantas vezes não nos confrontámos com esta questão, face aos acontecimentos que não conseguimos compreender? Enquanto uns defendem a ideia de um destino inviolável, há quem se bata pelo lado do acaso. Irónico, o facto de destino e sorte serem, na sua essência, sinónimos. Prefiro acreditar no livre arbítrio: se tudo estiver destinado, que resta ao homem senão seguir coordenadas já traçadas? Diz-me um defensor do destino: Mas foste tu que traçaste o teu destino, quando ainda não eras corpo, para que pudesses aprender alguma lição. Aceito o argumento, enquanto é coerente. Renego-o quando me pergunta se sei o que acontece quando não cumprimos o nosso destino:
é porque estava traçado não o cumprirmos e, assim sendo, não era o nosso destino... certo?
"It's choice - not chance - that determines your destiny", Jean Nidetch
1 comment:
Interessante. A Filosofia acabou por mudar e determinar a minha vida até hoje. Fui parar a um curso de Filosofia da Comunicação e gostei, vivo com a filosofia no bolso, que nem um ipod ou outro gadget moderno. Mas esta tem milénios...
Perguntar é o começo para saber, perceber, compreender, etc. Perguntar pela razão da vida ou simplesmente perguntar se ainda nos atendem nas Finanças às 17.01. Todas as perguntas têm maneiras de perguntar que determinam o resultado. O importante é questionar, dúvidar, indagar. A Filosofia não é uma coisa fria e distante que homens barbudos falaram há séculos. A Filosofia é o nada que é tudo, é o querer saber mais, é ser "amigo do saber".
"o mais importante não são as respostas, mas saber fazer as perguntas"
Pergunto logo existo.
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