Se o Bush criou o Eixo do Mal com países, os bloggers também podem renovar o conceito. Porque jamais o Mal (assim com maiúscula) foi exclusividade de uma nação, uma raça, uma língua ou uma religião. Essa coisa do Mal existe nos indivíduos, e nunca saberemos ao certo se resulta de uma distorção cerebral, ou de uma alma defeituosa. Ok, podre.O que sabemos é que o esse Eixo passa por estas palavras: angels, lolitas, boylover, preteens, girllover, childlover, pedoboy, boyboy, fetishboy ou feet boy.São os termos mais usados na pesquisa de pornografia infantil. Hoje a blogosfera adere a uma campanha para trocar as voltas a quem escreve estas palavras nos motores de busca. O objectivo é "entupir os motores de busca com os nossos posts para que no dia de hoje, o dia D, este crime tenha uma barreira a mais".Para mais esclarecimentos ir a http://margemdeerro.blogspot.com/2008/11/pornografia-infantil-no.html"Porque os blogs não têm de ser só “diários egocêntricos”.
( O Ponto do i)
eu junto-me. E tu?
Thursday, November 20, 2008
Wednesday, November 12, 2008
Crescemos
Estamos a crescer. É irreversível, inegável, incontrolável. É o ciclo da vida, aquele de que fala a música do Rei Leão quando o pequeno Simba é balançado no topo do precipício pelo macaco mágico. Aos poucos, todos deixamos os livros para trás e afundamo-nos nas nossas cadeiras de rodinhas com que vaguemos, distraídos, por algum escritório. Às vezes, e é estranho, somos tratados pelo apelido. Dão-nos apertos de mão e tratam-nos por você. Nós comportamo-nos como vimos os crescidos fazerem. Às vezes. Ousamos um rodopio quando ninguém está a olhar, cantamos no corredor do supermercado em voz baixa, rabiscamos bonecos numa folha de papel quando temos uma conversa "séria" ao telefone.
Alguns de nós já tiveram filhos - eu sou mãe! Outros já compraram casas e discutem a pintura das paredes e as taxas euribor e coisas do género! Outras já têm um vestido de noiva guardado e vestem-no de vez em quando, enquanto dançam à frente do espelho. E ele já serve, não sobra nas mangas, os sapatos não caem quando tentam andar!
A maquilhagem fica-nos bem. Os saltos altos assentam-nos nos pés sem nos fazerem parecer despropositadas. A chave do carro, pronta a levar-nos até ao fim do mundo, fica tranquila, sobre a mesa, quando bebemos café.
Falamos dos empregos e, às vezes, tudo parece um filme. Tenho atrás de mim o mesmo cenário onde confessei o meu primeiro beijo, onde combinámos uma ida às matinés do Bauhaus (até à meia noite e com direito a dez sumos - o auge!), de onde partimos, a pé, para fugir a uma aula e dar um mergulho no mar do fim de Junho. E as mesmas pessoas - nunca nos apercebemos de como crescem aqueles que vemos quase todos os dias - que, para mim, continuam iguais.
Nós somos iguais. Só que mais crescidos... não é?
Alguns de nós já tiveram filhos - eu sou mãe! Outros já compraram casas e discutem a pintura das paredes e as taxas euribor e coisas do género! Outras já têm um vestido de noiva guardado e vestem-no de vez em quando, enquanto dançam à frente do espelho. E ele já serve, não sobra nas mangas, os sapatos não caem quando tentam andar!
A maquilhagem fica-nos bem. Os saltos altos assentam-nos nos pés sem nos fazerem parecer despropositadas. A chave do carro, pronta a levar-nos até ao fim do mundo, fica tranquila, sobre a mesa, quando bebemos café.
Falamos dos empregos e, às vezes, tudo parece um filme. Tenho atrás de mim o mesmo cenário onde confessei o meu primeiro beijo, onde combinámos uma ida às matinés do Bauhaus (até à meia noite e com direito a dez sumos - o auge!), de onde partimos, a pé, para fugir a uma aula e dar um mergulho no mar do fim de Junho. E as mesmas pessoas - nunca nos apercebemos de como crescem aqueles que vemos quase todos os dias - que, para mim, continuam iguais.
Nós somos iguais. Só que mais crescidos... não é?
Thursday, November 06, 2008
madrugada
Quando o mundo adormece,
eu paro para ver.
Gosto de ser a única acordada
e saber
o que mais ninguém sabe,
e ter,
o que mais ninguém tem:
as cores que despertam, aos poucos, na rua.
As sombras bruxuleantes que dançam sob os candeeiros,
o cão que, coxeando, se arrasta para um canto.
O carro onde alguém suspira por alguém.
A estrela a que parece faltar uma ponta,
o baloiço onde se escreveram iniciais dentro de um coração,
a dançar, devagar, ao ritmo do vento.
Dum sentimento,
Dum momento
que ali se fez eterna música
que me murmura nas madrugadas.
eu paro para ver.
Gosto de ser a única acordada
e saber
o que mais ninguém sabe,
e ter,
o que mais ninguém tem:
as cores que despertam, aos poucos, na rua.
As sombras bruxuleantes que dançam sob os candeeiros,
o cão que, coxeando, se arrasta para um canto.
O carro onde alguém suspira por alguém.
A estrela a que parece faltar uma ponta,
o baloiço onde se escreveram iniciais dentro de um coração,
a dançar, devagar, ao ritmo do vento.
Dum sentimento,
Dum momento
que ali se fez eterna música
que me murmura nas madrugadas.
Wednesday, November 05, 2008
Monday, November 03, 2008
quando é outono
A areia fina entre os dedos, como quem traz fotografias. O cheiro a mar nos cabelos, como quem traz palavras escritas num guardanapo de papel. A pele onde o sal secou, como quem traz um sorriso prestes a surgir. As roupas ainda húmidas, como quem traz um segredo no bolso de trás.
Já tenho saudades da praia.
Já tenho saudades da praia.
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