sou um país distante, de caminhos empoeirados e fronteiras esbatidas. Sou o rio que corre através da planície, a erva que se demora nas margens húmidas, a casa em ruínas desfeita em memórias. Sou os cavalos que correm com o dorso brilhante, a chuva que morre em colunas de pó, a fome que assola os dias sem sol. Sou um país estrangeiro, sem língua nem história, sem autores ou poetas, sem heróis, sem mecenas. E, assim sendo, sem ser na verdade, vivo feliz da ausência de mim.
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