Apesar de tudo, há um sorriso quando a FCSH vem à conversa.
Seja com antigos colegas, recordando nomes sonantes que começam por M e acabam em ão (e pelo meio têm -our), ou ainda aquele que tinha nome de vila...
Seja com os senhores da central de táxis que se riem quando dizemos Faculdade de ciências sociais e humanas e dizem: "Ah, a novaaaa!" (o que é um pouco assustador, na verdade).
Seja com outros jornalistas, saídos das primeiras fornadas de licenciados em CC, que recordam semiótica com um sorriso que prova que não tiveram o prof que começa em M e acaba em ão (e que tem o tal -our a meio).
Críticas e censuras à parte, somos da Nova. Somos, para sempre, dessa universidade em que há uma população imensa de góticos e dreads que partilha o espaço da esplanada, em que há shows de reaggae espontâneos e mitos urbanos sobre alunos em pânico que se atiram das escadas (vá, confesso, este último foi mesmo criado por mim). Somos dessa "casa" em que os elevadores funcionam mal e quando funcionam às vezes param e deixam 20 pessoas do sexo feminino à beira de um ataque de claustrofobia à medida que se vão apercebendo que ninguém as vem salvar. Esse sítio onde as baguetes são sempre alternativa à cantina dos ricos e à dos pobres. Dizem que somos esquisitos (quantas vezes a frase, dita por alguém que me acompanhava à faculdade: "bem, a tua faculdade tem bué pessoal esquisito!") e nós encolhemos os ombros e sorrimos. Há a casa das cópias, as casas de banho de tectos inclinados e sem luz, os horários remexidos 50 vezes antes, a meio e depois das inscrições no início do ano lectivo, uns galos (sim, os animais, maridos das galinhas, pais dos pintinhos...) que nunca cheguei a ver mas que me garantiram que existem, de facto. Nós somos isso tudo, sim. Somos os tais que levaram com semiótica, pragmática e outras disciplinas com nomes de código e que superaram tudo isso.
É por isso que podemos dizer mal dela. Não é assim que funcionam as famílias? Nós podemos acusar, criticar, apontar o dedo. E se os outros decidirem atacá-la talvez alguns de nós se levantem em sua defesa.
Apesar de tudo (e este tudo é tão grandeeee).
"É orgia, é bacanal
é comuni-
é comunicação social"
4 comments:
mas agora n podemos dizer Mourão nem Cascais? era só o q faltava... tu devias era ter vergonha, q nunca viste o galo e só sabes o refrão do hino!vá lá, ficaste presa no elevador, ao menos isso... ;p
olha, se eu tivesse q escrever sobre a faculdade, era mesmo isso que escreveria. está perfeito, reconheço-me em tudo.
e sim, eu vi os galos! e se ainda não souberes o porquê dos galináceos, pergunta-me, eu descobri! não ouso escrever aqui para não assustar possíveis aspirantes a FCSHentes
por favor, enes, explica-me o que se passa com esses galos invisíveis!! A ale sabe que eu cheguei a equacionar uma hipótese estilo 6º sentido quando percebi que toda a gente os via menos eu lol
disseste tudo. eu também vi os galos! fugiam do curry cabral onde lhes faziam operações manhosas e eles corriam para a fcsh em busca da liberdade ahah
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