Thursday, December 30, 2010

Simple.

Nós vamos ficar bem

Não tem lógica absolutamente nenhuma, mas todos – ou quase todos – encaramos a chegada de um ano novo como se de uma vida nova se tratasse. Pensamos em tudo o que pode acontecer, tudo o que queremos fazer acontecer, tudo o que desejamos mudar, alcançar, extinguir ou conservar. É uma simples mudança de dígitos no calendário. Mas ainda assim não há como não fazer um balanço do que foi 2010, como se o pudéssemos encerrar definitivamente e separá-lo do que vai ser 2011. Pedimos dinheiro, saúde, felicidade, amor, trabalho (ai trabalho!), menos peso na balança, menos cigarros… Prometemos que vamos viajar mais, discutir menos, perdoar mais, gastar menos, andar mais, problematizar menos. São resoluções que, regra geral, duram uns dias. Até nos acostumarmos à ideia de que o novo ano já não é novo, é o ano em que estamos e pronto, a vida segue na mesma.

2011 vai ser um ano financeiramente terrível, já toda a gente sabe. Vamos ser torturados com impostos e contribuições astronómicas à segurança social. Provavelmente, aquele vestido lindo de morrer vai ficar na montra, as viagens planeadas não vão sair do mapa. Vão haver momentos tristes, frustrantes… mas 2010 já nos preparou para isso. Nós, os licenciados quase de fresco, a gente dos recibos verdes (a cor da esperança, quão irónico é isto?), nunca fomos propriamente um grupo com imenso poder de compra. E, mais ou menos bem, mais ou menos independentemente, fomos sobrevivendo. E vamos sobreviver. Vai doer? Vai. Mas, se no meio disto tudo, com passinhos de bebé, conseguirmos ir traçando o nosso caminho, vamos ficar bem.

Thursday, December 23, 2010

Habituem-se

Se voltasse atrás, não tirava comunicação. Pelo menos é nisso que gosto de acreditar. Tinha estudado qualquer coisa com números e símbolos e com um título pomposo cheio de termos desconhecidos que desse um ar importante e um lindo diploma. Tinha estudado para construir vaivéns espaciais, para descobrir civilizações perdidas, para curar a sida ou desenhar uma máquina capaz de fazer chover caramelo.

O jornalista, no geral, é desdenhado. Tirou um cursinho onde aprende a escrever. Como se escrever não tivéssemos todos de saber! É juntar umas letras, colar umas sílabas, um corte e costura de palavras e já está. Ninguém – ou quase ninguém – quer saber se o jornalista estudou semiótica, pragmática, sistémica, cultura pré-pós e moderna, tecnologias da informação, lógica, sociologia, filosofia, história da imagem. Para a maioria do mundo, o jornalista é um caso menor, produto de jovens sem grandes talentos que investiram uns anos na faculdade para poderem dizer que têm um curso. “Jornalismo podes sempre fazer na mesma, mas tira outro curso”, ouvi tantas vezes pais preocupados dizerem aos filhos. E eu entendo – sou a primeira a dizer à minha filha, futura professora de dança/jornalista, que fuja, depressa, que isto se agarra e cola e cansa e esmaga e vicia e um dia, sem a pessoa dar por isso, já se infiltrou no corpo e não conseguimos deixar esta vida mal paga, mal vista e estupidamente recompensadora quando finalmente vemos chegar à banca, em papel brilhante e perfeito, os caracteres que nos custaram o suor, as lágrimas e, por vezes literalmente, o sangue.

Mas, pais, lamento dizer-vos, jornalismo não é uma coisinha que se faça assim porque achávamos piada ao Clark Kent e à Lois Lane quando éramos pequeninos. Isto nem sempre se escolhe – muitas vezes, escolhe-nos a nós. Eu nunca quis isto e passados 3 anos ainda aqui ando, a lamentar-me, a queixar-me que desta é que é, vou-me deixar disto, desta vida sem certezas, como uma drogada agarrada demais para conseguir largar o vício. O jornalismo é um vício de curiosos: a nossa vida é estudar o mundo, os outros, pegar nessa confusão de informação, descodificá-la e recodificá-la novamente. Num dia sabemos tudo o que há para saber sobre os deuses hindus, no outro andamos a devorar artigos de neurologia. É isto que nos dá “pica” e que, no fim de contas, nos faz voltar ao computador depois de cada fecho.

No fim do ano, quase a completar 3 anos disto, gosto de pensar que se calhar, se voltasse atrás, não tinha tirado comunicação. Que isto foi um erro de percurso e que, mais tarde ou mais cedo, acabo por fazer uma coisa de nome pomposo, um emprego a exigir farda e saltos altos e óculos de massa, um salário gordo ao fim do mês com horários fixos e uma data de privilégios assegurados. Mas, até lá, só funciono com a adrenalina do caracteres a correr dentro de mim. A juntar estas sílabas. Sou jornalista. Habituem-se.

Tuesday, December 14, 2010

Por mais ridículo que seja

ainda não sei responder à pergunta do que quero ser quando for grande...

Wednesday, December 08, 2010

Os meus livros precisam de novo habitat!


(Jordi Mila)



(Rainer Mutsch)

(Pieter de Leeuw)








Saturday, December 04, 2010

....... estou com dificuldades em dar um título a isto

"Mesmo que a conduta do marido seja censurável, mesmo que este se dê a outros amores, a mulher virtuosa deve reverenciá-lo como a um deus. Durante a infância, uma mulher deve depender de seu pai, ao se casar de seu marido, se este morrer, de seus filhos e se não os tiver, de seu soberano. Uma mulher nunca deve governar a si própria."
Leis de Manu (Livro Sagrado da Índia)

"A mulher que se negar ao dever conjugal deverá ser atirada ao rio."
Constituição Nacional Suméria (civilização mesopotâmica, século (XX A.C.)

"Quando uma mulher tiver conduta desordenada e deixar de cumprir suas obrigações do lar, o marido pode submetê-la à escravidão. Esta servidão pode, inclusive, ser exercida na casa de um credor de seu marido e, durante o período em que durar, é lícito a ele (ao marido) contrair novo matrimónio"
Código de Hamurábi (Constituição Nacional da Babilônia, outorgada pelo rei Hamurábi, que a concebeu sob inspiração divina, século XVII A.C.)

"A mulher deve adorar o homem como a um deus. Toda manhã, por nove vezes consecutivas, deve ajoelhar-se aos pés do marido e, de braços cruzados, perguntar-lhe:
Senhor, que desejais que eu faça?"
Zaratustra (filósofo persa, século VII A.C.)

"As mulheres, os escravos e os estrangeiros não são cidadãos."
Péricles (político democrata ateniense, século V A.C., um dos mais brilhantes cidadãos da civilização grega)

"A mulher é o que há de mais corrupto e corruptível no mundo."
Confúcio (filósofo chinês, século V A.C.)

"A natureza só faz mulheres quando não pode fazer homens. A mulher é, portanto, um homem inferior."
Aristóteles (filósofo, guia intelectual e preceptor grego de Alexandre, o Grande, século IV A.C.)

"Que as mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar. Se querem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa os seus maridos."
São Paulo (apóstolo cristão, ano 67 D.C.)

"Os homens são superiores às mulheres porque Alá outorgou-lhes a primazia sobre elas. Portanto, dai aos varões o dobro do que dai às mulheres. Os maridos que sofrerem desobediência de suas mulheres podem castigá-las: deixá-las sós em seus leitos, e até bater nelas. Não se legou ao homem maior calamidade que a mulher."
Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos, escrito por Maomé no século VI, sob inspiração divina)

"Para a boa ordem da família humana, uns terão que ser governados por outros mais sábios que aqueles; daí a mulher, mais fraca quanto ao vigor da alma e força corporal, estar sujeita por natureza ao homem, em quem a razão predomina."
São Tomás de Aquino (italiano, um dos maiores teólogos católicos da humanidade, século XIII)

"Inimiga da paz, fonte de inquietação, causa de brigas que destroem toda a tranquilidade, a mulher é o próprio diabo."
Petrarca (poeta italiano do Renascimento, século XIV)

"O pior adorno que uma mulher pode querer usar é ser sábia."
Lutero (teólogo alemão, reformador protestante, século XVI)

"As crianças, os idiotas, os lunáticos e as mulheres não podem e não têm capacidade para efetuar negócios."
Henrique VII (rei da Inglaterra, chefe da Igreja Anglicana, século XVI)

"Enquanto houver homens sensatos sobre a terra, as mulheres letradas morrerão solteiras."
Jean-Jacques Rousseau (escritos francês, precursor do Romantismo, um dos mentores da Revolução Francesa, século XVIII)

"Todas as mulheres que seduzirem e levarem ao casamento os súditos de Sua Majestade mediante o uso de perfumes, pinturas, dentes postiços, perucas e recheio nos quadris, incorrem em delito de bruxaria e o casamento fica automaticamente anulado."
Constituição Nacional Inglesa (lei do século XVIII)

"A mulher pode ser educada, mas sua mente não é adequada às ciências mais elevadas, à filosofia e algumas das artes."
Friederich Hegel (filósofo e historiador alemão do século XIX)"

E a MELHOR de todas...

"Quando um homem for repreendido em público por uma mulher, cabe-lhe o direito de derrubá-la com um soco, desferir-lhe um pontapé e quebrar-lhe o nariz para que assim, desfigurada, não se deixe ver, envergonhada de sua face. E é bem merecido, por dirigir-se ao homem com maldade de linguajar ousado."
Le Ménagier de Paris (Tratado de conduta moral e costumes da França, século XIV)"




Copiado daqui com medo, muito medo.

Thursday, December 02, 2010

E de repente apercebi-me:

Faço aquilo que sempre quis




Mesmo que às vezes me esqueça disso.



Wednesday, November 24, 2010

Sinto-me tão velha...(parte II)

Há pouco tempo, uma rapariga tratou-me por "você" na faculdade.



Estúpida!

Sinto-me tão velha...

...quando, no facebook, descubro que as crianças que me chegavam à cintura há uns aninhos agora têm as caras cobertas de acne e pelugem facial.

Monday, November 22, 2010

Vamos a votos

Não há livros exclusivamente femininos...... há?


Sunday, November 21, 2010

Costumávamos ser mais. Juntávamo-nos em mesas de café e invejávamos com ironia os olhinhos brilhantes e sorrisos rasgados dos que se tinham passado para o outro lado. Andavam de mãos dadas e inventavam novas palavras. Costumávamos falar mal do mundo e prometíamos morrer rodeados de gatos. Depois, como uma doença contagiosa, a coisa começou a alastrar-se. Aos poucos, foram cada vez mais: moderaram as palavras, deixaram de esmurrar a mesa, começaram a equacionar futuros, contas bancárias, nomes de bebés. Os cafés tornaram-se mais escassos: é preciso tempo para o amor. As conversas tornaram-se mais leves: é preciso cuidado com o amor. Ninguém o quer espantar com protestos inflacionados e garrafas de vinho meio cheias – ou meio vazias. No amor andam de biquinhos dos pés. Já ninguém se queixa do mundo, do andar do mundo, do parar do mundo, do escutar o mundo, do calar o mundo. Batem pestanas e deslizam. Sorriem e imaginam.

Raios partam estes apaixonados...

Saturday, November 20, 2010

Compreende. – disse o velho, dirigindo-lhe o olhar embaciado– Um dia, se tiveres sorte, alguém te há-de perguntar sobre quem foste e o que fizeste. E ninguém gosta de uma história que começa com “Eu fui sempre o sensato”.

Wednesday, November 03, 2010

La Mécanique du Coeur


Pela primeira vez na vida estou a reler um livro.
Dizem que os livros são como as pessoas: há alturas certas para nos apaixonarmos por eles.
Se calhar é porque é Outono.

Tuesday, October 26, 2010

Preciso mesmo de acreditar que não tarda nada já me habituei novamente à rotina dos transportes públicos, àquele correr entre portas que esmagam o cidadão mais incauto, aos bilhetes que desmagnetizam de um momento para o outro e nos deixam trancados nas estações, às cotoveladas nas escadas rolantes e ao jogo das cadeiras no interior das carruagens. Não tarda nada isto volta a ser canja e eu deixo de sentir os meus instintos assassinos de cada vez que ouço o bip bip bip das portas a fecharem-se.

Sim, é isso.

Há dias em que


sou um país distante, de caminhos empoeirados e fronteiras esbatidas. Sou o rio que corre através da planície, a erva que se demora nas margens húmidas, a casa em ruínas desfeita em memórias. Sou os cavalos que correm com o dorso brilhante, a chuva que morre em colunas de pó, a fome que assola os dias sem sol. Sou um país estrangeiro, sem língua nem história, sem autores ou poetas, sem heróis, sem mecenas. E, assim sendo, sem ser na verdade, vivo feliz da ausência de mim.



Sunday, October 24, 2010

Ressaca




Como um alcoólico que saliva na expectativa de próxima bebida, assim vou eu, contando os minutinhos que faltam para a estreia do sexto episódio da quarta temporada de Gossip Girl, amanhã. Sim, é preocupante. Mas os meus amigos do Upper East Side fazem-me tãooooo feliz!

Tuesday, October 19, 2010

Nós




Quando escrevi o meu nome na tua porta não foi por achar que ficaríamos juntos para sempre. Foi por saber que, um dia, o meu nome naquela porta seria a única prova de que alguma vez existimos.




XoXo Gossip Girl...


Desde que cheguei aqui, deixei de ter dúvidas: sou uma "blairchuckaholic"!

Friday, October 08, 2010

Impróprio, confesso

Este não é um post adequado às pessoas trabalhadoras. Eu sei e, desde já, me desculpo. Eu sei como custa encontrar coragem, de manhã, para nos levantarmos da cama quando lá fora ainda é de noite. E sei que a coisa ainda dói mais quando, da mesma janela de onde se consegue ver a lua, ao despertar, também se avistam árvores curvadas pelo vento e ruas alagadas pela chuva. Caramba, eu sei que dói. Mas no meu sofá, com os pés enrolados numa mantinha e o último volume da Millennium sobre o colo, este é um dia absolutamente perfeito...

Friday, September 24, 2010

Movies can suck

Ver o filme inspirado pelo livro que devorámos como se não houvesse amanhã é, já se sabe, uma desilusão. Então porque é que insistimos em continuar? Será o masoquismo na sua forma mais pura que nos impele para as salas de cinema ou clubes de vídeo? Porque é que nos sentamos durante duas horas a proferir impropérios contra a pessoa que destruiu todas as nossas ideias acerca daquela história e das personagens que já considerávamos nossas? Foram raros os casos em que isso não me aconteceu - raros ao ponto de, de repente, só conseguir apontar o Ensaio Sobre a Cegueira, Amor em Tempos de Cólera e O Perfume como exemplos. E todos os outros? O Código da Vinci, que foi um espancamento visual, com um Dr Langdon mosquinha-morta que apetecia esbofetear? O Crepúsculo (sim, sim, eu sei), que transformou personagens idílicas em coisas de carne e osso cheias de defeitos e vozes de comuns mortais? E, aquele que me levou a escrever isto, o Homens que Odeiam Mulheres, primeiro volume da série Millenium. Não é mauzinho, é mesmo muito mau. Primeiro, para suportar duas horas de filme em sueco é preciso ter mesmo muito amor ao argumento. Amor esse que rapidamente se revolta quanto percebe que faltam partes inteiras essenciais e foram inventadas sequências que, pura e simplesmente, alteram a essência da história.
E agora a grande loucura prestes a chegar ao cinema, dizem, é a adaptação do Comer, Orar, Amar. Eu, confesso, não o consegui terminar. Lamento, a sério que sim, mas um capítulo inteiro de luzinhas místicas e descrições intermináveis de paz é demais para o meu ser stressado. Não percebi a comoção que se gerou à volta do livro - mas, lá está, não o terminei. E não me parece que o vá terminar. Assim sendo, vou esperar que chegue ao cinema, banquetear-me com pipocas e ice tea nas partes mais lamechas e enfrentar a tela sem o mais ínfimo receio de regressar cambaleante de desilusão a casa! Ah, a liberdade!

Thursday, September 02, 2010

Thursday, August 26, 2010

Depois de quase um ano, tudo o que tenho para levar comigo é um par de canetas, uma agenda e os contactos acumulados neste período. E aquele dramatismo da caixa de cartão com a planta, a moldura, o aquários dos peixes, a garrafa de vodka que costumava estar escondida na última gaveta? Que piada é que tem uma pessoa ir-se embora assim, conseguindo mexer as duas mãos perfeitamente, sem precisar de alguém que lhe abra a porta enquanto num complexo exercício de malabarismo circense tenta não aterrar com a cara no chão? Que grande seca...

Ahahahaha

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1203459

esta miúda tinha a mania que lhe pagavam para dizer poesia na rádio lol


Que saudades dela!

Wednesday, August 25, 2010

TicTacToe

Já entreguei aquele que oficialmente será o meu último texto por estas paragens. O evento deu-se com muito pouca pompa e nenhuma circunstância ontem, pelas 16h (mais coisa menos coisa), e desde aí que me arrasto pela internet simulando um ar muito ocupado. Agora só tenho de descobrir o que fazer com estas últimas dezasseis horas em solo corporativo.

Tuesday, August 24, 2010

72h

Dentro de aproximadamente 72h vou banir o despertador. Vou acordar quando quiser. Vou enterrar os pés na areia e comer melancia deitada na toalha. Vou ler as páginas acumuladas na mesa de cabeceira. Vou desenhar tatuagens a esferográfica de centenas de cores nos tornozelos. Vou inventar receitas e gastar horas em conversas sobre nada, no café. Vou deixar o cabelo continuar a crescer e, se calhar, mudar-lhe a cor. Vou dormir à tarde e não vou sentir remorsos por isso. E quando estiver cheia, cheia, cheia, regresso. Mas até lá, vou ser feliz.

Friday, August 06, 2010

As pessoas trabalhadoras vão-me desculpar

até porque eu bem sei que dói e que custa e que quando estes seres de férias se põem a gritar e aos pulinhos uma pessoa até reza baixinho a ver se torcem um pé.

Mas faltam oficialmente 20 minutos para eu entrar de férias e tenhos os dedinhos dos pés discretamente aos pulinhos debaixo da secretrária.

So long!!
Há um ano atrás eu estava na merda. Não, não estava na porcaria, não estava chateada, não estava assim para o desanimada. Estava mesmo na merda, como só uma pessoa enterrada na merda até à ponta dos cabelos sabe que o está.
De um dia para o outro. Foi assim mesmo que me "dispensaram". E eu chorei, chorei e chorei. Porque nunca mais ia ser feliz. Porque era o trabalho da minha vida (convém dizer que foi o primeiro). E com a crise ia ficar desempregada para sempre e/ou pesar fruta no Continente. Fiquei despedaçada. Destroçada. Perdi peso (o que foi maravilhoso) e adiei o meu plano de deixar de fumar.
Um ano depois olho com incredulidade para o calendário: passou um ano e eu sobrevivi. E voltei a rir, e não trabalho no Continente e recuperei o peso (maldito!) e já sou uma pessoa dada a dietas novamente.
Continuo a achar que foi um dos trabalhos da minha vida. Ainda sinto aquele formigueiro nos pés de quem sobreviveu à força de viagens traçadas em letras e muitos quilómetros na estrada. Tenho saudades de não saber onde vou estar daqui a uma semana. Mas também percebi que sou muito mais que isso. Que eu era aquelas viagens. Que eu era aquelas palavras. Que era eu quem encontrava naquelas tardes de exílio onde procurava adjectivos perfeitos. E que não tarda nada volto a encontrar-me por aí.

Thursday, August 05, 2010

E num acesso de futilidade...

...confesso que a melhor notícia do dia foi saber que a Zara vai começar a vender online a partir do dia 2 de Setembro!!

weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! :)

Tuesday, August 03, 2010

snif snif snif...





Podia lá uma mulher nunca ter ido à Primark? Essa maravilha dos temos modernos, com calças de ganga a 2€ (juravam-me a pés juntos), tops a 50 cêntimos e todo um mundo de prateleiras cobertas de sapatos lindos que não ultrapassavam a casa dos 10€. Andavam as amigas em alvoroço, comentando aquele novo armazém de sonho e eu, como uma habitante da mais remota aldeia, limitava-me a imaginar como seria, afinal, aquele mundo de brilhantes e purpurinas a preço da chuva.
Infelizmente, devia ter-me ficado pelo sonho.
Porque as coisas até podem ser giras, mas para as conseguir agarrar temos de entrar em duelo mortal, primeiro, com as outras 500 pessoas que lá andam perdidas, como nós. Porque os sapatos estão na zona de decoração (e têm tamanhos esquisitos - o 36 não serve, o 37 cai-me dos pés) e há tops pendurados ao pé das carteiras. Porque a ideia de armazém/open space é um bocado confusa e - admito, eu tenho uma percepção espacial terrível - dei por mim a passar pelo mesmo sítio 3 vezes.
E por isso, resumindo e concluindo, lamento, do fundo do meu coração, mas por mais barata que seja a Primark não me conquistou. Fico à espera que abra uma nova loja, mais pequena, com pouca gente e com setinhas a dirigir-me o caminho, em breve, e prometo que serei uma cliente mais feliz! (E façam lá sapatinhos com tamanhos decentes faz favor!!)

Thursday, July 29, 2010

Vamos ser tão felizes juntas!! (sim que este telemóvel é OBVIAMENTE uma ela!!)


#$%&/)(%#" (ou A Lição)

Não voltarás a escrever no teu blog quando o verniz está a secar

(terceira tentativa duma saga que se adivinha longa...)

Ser menina é...

ir à Phonehouse, demorar 45 minutos a ponderar os prós e contras de dois modelos, e acabar por trazer o mais caro e com características mais fracas porque "é mais bonito e cor-de-rosa"...

Como disse (repetida e embaraçosamente) o vendedor que me atendeu: "é uma questão de estática".

Thursday, July 22, 2010

(in)sensatez

Se calhar devia estar cheia de medo. Claro que sim, claro que devia: quem é que não receia o não saber? O terminar de uma época e o começo de outra? O adeus a um emprego e o erguer as mangas e chafurdar em CVs, portfolios e cartas de recomendações? Já estive com medo, é verdade. Mas, então, o medo foi-se fazendo ansiedade, a incerteza tornou-se curiosidade, a ignorância uma excitação. Ter um mundo de possibilidades todo à frente. Não fazer a mínima ideia do que se quer ser mas ter uma vontade imensa de experimentar. Arriscar. Vou contando os dias no calendário e rezando para que não se quebre este encanto. Que ninguém me avance com propostas convencionais e confortáveis. Porque aí, volto a ter medo. Um medo imenso de me conformar.

Thursday, May 27, 2010

Mãezilla

Como é que uma mãe é capaz de organizar uma festinha de anos sem se tornar numa espécie de Godzilla em versão ligeiramente mais assustadora? As possibilidades escasseiam: ora faço fora, gasto uma carrada de dinheiro que me custou o suor, o sangue e as lágrimas (e não me digam que escrever não faz suar, que faz!) para os miúdos andarem duas horas a pular e a comer sandes com pão do lidl (nada contra o lidl) enquanto dois estranhos evitam que eles se matem nos insufláveis; ora faço em casa e enlouqueço entre copinhos, toalhas, grinaldas, guardanapos e pão do lidl (encaremos isto como publicidade gratuita, sim?); ora não faço nada e conquisto o eterno ódio da minha filha, a exclusão do clube das mães-trabalhadoras-que-até-se-esforçam-para-não-traumatizar-os-putos, e condeno-me o resto da vida por ter sido tão fraca.

Apostando nos meus talentos como organizadora de eventos (nota para mim mesma: acrescentar esta capacidade às secção de "aptidões inúteis" no CV), decidi fazer a festa "em casa" - que é como quem diz na casa da avó. Piscina, jardim, muita terra para se rebolarem e serem felizes! Até agora, conseguimos definir dois itens da festa: o número de convidados e... pipocas.

Mas vamos dando actualizações: escolha do tema da festa, dicas do faça-você-mesmo (ando a ver se construo um castelo com caixotes de cartão... sim, sofram comigo), possíveis internamentos devido a esgotamentos nervosos... Enfim, todo um mundo!

Beijinhos, abraços e confetis,
Mãezilla

Thursday, April 29, 2010

Guia Prático das Frases Feitas by Juventude Popular

Já nem sei bem como dei com ele. Era para começar um artigo? Sim, era isso, numa busca feliz pelo Google, daquelas que eu tanto gosto de fazer.
Basicamente, é uma compilação das frases feitas a evitar pela mocidade da Juventude Popular e, garanto-vos, é qualquer coisa a que ninguém deve ficar indiferente. Muito menos os jornalistas, cujo trabalho passa, tantas vezes, por lidar com clichés destes.

Ora segue um exemplo:
“ISSO É RELATIVO” – Outra das modas mais eficazes tem sido o uso desta ideia e, sobretudo, os equívocos causados pela utilização incorrecta da palavra “relativo”. Com efeito, em primeira análise, esta significa que se refere ao que tenha relação com alguém ou alguma coisa. Mas não é esse o sentido primordial da sua constante invocação. Na verdade, o rótulo de “relativo” aposto a todas as situações, circunstâncias e problemas, significa, tão só, que se pretende exorcizar tudo o que seja absoluto e, de preferência, apelidá-lo de dogmático ou obscurantista (...) De facto, dá jeito que tudo seja relativo. Não compromete, não limita, nem obriga. A frase “O consumo da droga é um mal, faz mal e pode matar.” é disso um bom exemplo. Os nossos folclóricos amigos do Bloco de Esquerda seriam, decerto, os primeiros a explicar o carácter relativo desta afirmação. Que até nem é bem assim. Que há drogas duras e outras leves. Que umas até nem fazem mal. Que o mal, esse, também é relativo. E, de um momento para o outro, um facto fundado em pesquisas, estatísticas e evidências práticas tornar-se-ia um assunto discutível"

(O bold é meu. As gargalhadas também.)

Sigamos...

“ESTÁ CIENTIFICAMENTE PROVADO QUE” – Forma curiosa de discutir problemas políticos é, seguramente, o recorrente recurso à expressão “está cientificamente provado que”... Esta expressão, na esteira de “magister dixit”, significa que quem alega um facto ou teoria e não se quer maçar com a prova dos mesmos, informa o seu interlocutor que já alguém se deu anteriormente a essa maçada e, curiosamente, pendeu para o seu lado.

Mas esperem lá... não foram eles os mesmos que escreveram:

"E, de um momento para o outro, um facto fundado em pesquisas, estatísticas e evidências práticas tornar-se-ia um assunto discutível."

(bold meu. gargalhadas minhas. Outra vez)

Leiam, leiam: http://juventudepopular.org/formacao/formacaopolitica/guia_pratico_das_frases_feitas.doc

Wednesday, April 21, 2010

Danos colaterais

"Mamã, ensinas-me a dança do vento*? E a do sol e da chuva?"

(a cria, depois de mais um episódio de Achas Que Sabes Dançar?)



*para quem não está habituado a decifrar estas coisas, entenda-se "dança do ventre"

Thursday, April 01, 2010

Quando partilhávamos palavras, era como se o mundo ruisse, em desassossego. Como se toda a inocência depositada sobre os lábios fosse suficiente para travar o contínuo girar da Terra e fazê-la quebrar-se sobre si mesma.
Quando partilhávamos palavras, tudo o resto era nada. Todos os outros desapareciam, cobertos pela banalidade, todos os sons emudeciam, como se nada fosse mais doce que os nossos "um dia". Deitavas palavras ao ar como quem atira pétalas de um malmequer, e eu seguia-as com os olhos até se perderem para sempre dentro de mim.
Caminhávamos juntos, devagar, com a sabedoria daqueles que já aprenderam que a vida passa demasiado depressa para que nos tentemos adiantar a ela, esculpindo cada sombra com o olhar, aprendendo novas línguas: a das flores, a do vento, a da chuva, a do tempo.
E depois dizias-me que tivesse cuidado, mas sempre incitando-me com os olhos a dar mais um passo, a vencer o medo dos espinhos, a aprender a segurar a terra com as mãos.
E nós gritávamos "És o melhor avô do mundo!", de olhos fechados, sentido o vento levantar-nos os cabelos enquanto o chão passava, veloz, sob os nossos pés.
Escutavas cada concerto com paciência, lias cada frase com um sorriso de orgulho, aplaudias cada novo talento como se fôssemos capazes de tudo. Guardavas cartões e desenhos como tesouros, no bolso da camisa, dobrados em quatro. Acreditavas que éramos capazes de tudo, não era, avô? E se alguém me ensinou a sonhar, foste tu. Agora, eu também acredito.

Sunday, March 28, 2010

Hora pelo Planeta

Durante uma hora cozinhei (a gás) à luz das velas, brindei com poncha no escuro e consegui não matar nenhuma das minhas amigas acidentalmente com os talheres. Estou pronta para ir viver na selva - ou pelo menos para sobreviver caso não tenha dinheiro para a conta da electricidade!

Insanity Alert! (memorabilia II)

Fui abandonada ontem, pelas 9h00, hora local, pela minha família mais próxima. Para trás, só eu, o gato e a minha irmã. São cinco dias sem a piquena - o que, em anos de mãe, equivale mais ou menos a um ano. Fiquei tão desorientada que só me lembrei de ir arrumar os armários da casa-de-banho! (Eu!!) E depois de hora e meia a verificar vernizes, ordenar frasquinhos de perfume, seleccionar pulseiras e reunir maquilhagem, a minha irmã entrou na casa de banho e gritou: "Mas o que é isto? Está horrível!"

Pronto, não fui criada para a arrumação. Não está no meu ser. É melhor ficar pelo sofá...

Sunday, March 21, 2010

Memorabilia

Sim, eu assumo: eu sou uma confusão. Não é só o meu quarto, o meu carro ou a minha secretária em qualquer redacção onde eu finque o pézinho durante mais de uma semana. Não, não há nenhuma conspiração internacional de vilões que, durante a noite, remexem nas minhas coisas instaurando o caos - admitamos, finalmente.
Os nativos de gémeos, dizem, são meio confusos por natureza. Eu, filha de um gémeo e mãe de uma gémea, sou totalmente confusa por natureza. Não é só desorganizada, que eu até consigo encontrar um fiozinho de arrumação (pronto, raramente) no meio do meu caos. A minha cabeça parece sempre uma casa depois de uma festa: copos espalhados por todo o lado, cinzeiros aqui e ali, post its esquecidos ao acaso debaixo das almofadas.
A treta do signo já não funciona como desculpa, cá em casa. Ainda tentei convencer toda a gente de que a culpa não era minha, que não posso evitar porque sou uma criança índigo, mas também ninguém levou a coisa muito a sério. E aquilo de que da confusão nasce o génio... esqueçam, também não engana ninguém.
Assim sendo, restou-me assumir o meu problema: eu sou o meu próprio caos. Mas (porque nestas coisas de admitir problemas convém sempre haver um "mas") a culpa não é minha. A culpa é do meu coraçãozinho lamechas que se apega tanto a um cinzeirinho foleiro oferecido por uma velhinha no Alentejo como a um gatinho bebé e orfão.
Olá, eu sou a Laura e sou viciada em memórias.
Pronto, está dito.
É o cinzeiro horroroso dado pela velhinha, é o azulejo piroso oferecido em Santa Luzia, são os copinhos de shot roubados em jantares inesquecíveis no restaurante chinês, o falso vaso egípcio montado e pintado quando tinha 10 anos e sonhava ser a nova Indiana Jones... E o coração lamechas lá vai acumulando o lixo como se fossem tesouros.
Olá, eu sou a Laura e hoje deitei fora quase todo o lixo que ocupava o meu quarto. Pronto, a cómoda do meu quarto - um passinho de cada vez que isto não é assim zás trás e estás curada!
E não é que me sinto muito melhor?

(Não fui capaz de deitar fora o vaso egípcio, mas coloquei-o longe do meu ângulo de visão, em cima do roupeiro. Conta pelo menos meio ponto, não?)

Saturday, March 20, 2010

Grandes frases ou Thank God for LOL parte 2

"Se toda a vez que eu fechar os olhos ganhar um beijo teu fecharei os olhos internamente"*



... e como é que ela faz isto? Com aquela técnica de dormir com os olhos abertos que eu ainda não consegui descobrir? Será uma coisa mística relacionada com o terceiro olho? Não sei, mas parece-me que esta rapariga fez a descoberta científica do ano. Se calhar era caso de chamar os senhores que atribuem o prémio Nobel...

* frase real, escrita por uma pessoa real, no seu nick do msn

Friday, March 19, 2010

Amores adolescentes

Dizem que não há amor como o primeiro. E, se calhar, porque ele é o último. O único em que acreditas com todos os centímetros da tua pele, o único em que tens um coração novinho em folha, polido e brilhante como um carrinho de brincar acabado de comprar, o único em que dizer "amo-te" não vem acompanhado de suores frios e equações matemáticas acerca da probabilidade de nos virmos a arrepender amargamente de termos aberto a boca.
Grandes debates precederam este post. Do que é o amor, do que é a paixão e se um pode existir sem o outro. E ele dizia que o amor se existe então é para sempre. Tem de ser para sempre. E eu dizia que não, que para ser real não tem de ser eterno. E ela exaltava a paixão, o formigueiro na barriga, o sorrisinho parvo, o telemóvel virado para baixo como se isso fizesse chegar as mensagens e os telefonemas.
E então, a conduzir para o trabalho, a pentear o cabelo, na hora do almoço - quando foi? - eu pensei: "Se calhar, só os amores adolescentes são verdadeiros". Sim, os ingénuos, os inexperientes, os descarados. Aqueles em que sabemos que vamos ficar juntos para sempre. Aqueles em que deixamos que ouçam todas as palavras que nos chegam aos lábios. Aqueles que, quando acabaram, nos fizeram chorar durante dias, semanas a fio, achando que o mundo ia desabar e levar-nos com ele - e quase queríamos que isso acontecesse porque a vida já não fazia sentido.
Depois do primeiro amor já não estamos novinhos em folha, é um facto. Mas o coração continua no mesmo lugar de sempre.
E só nos resta mesmo aprender a amar, até porque não temos grande escolha - seja para sempre ou não.

"The greatest thing you'll ever learn is to love and be loved in return"

Thank God for LOL

Se há "palavra" útil, ainda que ausente do dicionário - pelo menos por enquanto - é o LOL. Porque serve sempre, qualquer que seja a situação. Serve para quando estamos completamente ausentes de uma conversa ("hmmm... ah, lol!") e para quando não percebemos bem o assunto ("os protões? lol!").
Serve para dizer aceitar um convite ("lol", i.e.: estava a ver que nunca mais perguntavas!) e para fugir a sete pés ("lol", i.e.:deves estar louco para pensar que vou a algum lado contigo!).
Serve para concordar ("lol", i.e: pois, tens razão, é óbvio, nem vale a pena acrescentar mais nada à tua brilhante observação para além de uma sonora gargalhada de concordância) e para discordar ("lol", i.e: és tão parvo, mas tão parvo, que, quando ouço essa tua observação ridícula só me consigo rir de ti).
Basicamente, o LOL veio facilitar-nos a vida como nenhuma outra "palavra" antes. Porque nos permite dizer exactamente o que pensamos e deixar aos outros a tarefa de nos compreenderem - ou não. E de nunca mais nos falarem - ou não.
Seja como for, Thank God for LOL.

E aposto que, se Ele existe, também está lá em cima a dizer lol...

Wednesday, March 17, 2010

By the Sea




MRS. LOVETT:
(she kisses Todd)
Ooh, Mr. Todd! (kiss)
I'm so happy! (kiss)
I could (kiss)
Eat you up, I really could!
You know what I'd like to do, Mr. Todd? (kiss)
What I dream (kiss)
If the business stays as good?
Where I'd really like to go,
In a year or so?
Don't you want to know?

TODD: (spoken) Of course.

LOVETT: Do you really want to know?

TODD: (spoken) Yes, I do.

LOVETT: By the sea, Mr. Todd, that's the life I covet,
By the sea, Mr. Todd, ooh, I know you'd love it!
You and me, Mr. T, we could be alone
In a house wot we'd almost own,
Down by the sea!

TODD: Anything you say...

LOVETT: Wouldn't that be smashing?

LOVETT:
Think how snug it'll be underneath our flannel
When it's just you and me and the English Channel!
In our cozy retreat kept all neat and tidy,
We'll have chums over ev'ry Friday!
By the sea!
Don'tcha love the weather?
By the sea!
We'll grow old together!
By the seaside,
Hoo, hoo!
By the beautiful sea!

It'll be so quiet,
That who'll come by it,
Except a seagull
Hoo, hoo!
We shouldn't try it,
Though, 'til it's legal for two-hoo!
But a seaside wedding could be devised,
Me rumpled bedding legitimized!
Me eyelids'll flutter,
I'll turn into butter,
The moment I mutter I do-hoo!

Down by the sea
Married nice and proper!
By the sea,
Bring along your chopper!
To the seaside,
Hoo, hoo!
By the beautiful sea!

Tuesday, March 16, 2010

Em que altura da nossa vida passamos a achar que "porque sim" não é resposta?

Friday, March 05, 2010

2 anos

Ontem não me lembrei. Às vezes esqueço-me que morreste, é verdade. Da mesma forma que há dias em que, de repente, a conduzir para casa, a arrumar a roupa amontoada sobre a cama, me lembro de ti. Penso no que serias agora. Imagino o que farias. Tento descobrir como seria se nos encontrássemos agora, assim por acaso - "olha, também estás aqui?". Sei que me ias chamar Laurinda, eu ia revirar os olhos, provavelmente bater-te ao de leve, dizer "então kókó, já estás a abusar...", rir-me.
Nunca mais me vais chamar Laurinda, e eu nunca mais te vou revirar os olhos. Nunca mais nos vamos encontrar às escondidas, atrás do pavilhão, para um cigarro. Não te vou mostrar fotos da minha filha, mas se calhar, onde quer que estejas, consegues ver-nos. Espero que sim, espero mesmo que sim.
Tenho saudades tuas, Moko. Tantas que sinto a garganta apertada. Tantas que quase acredito que, de repente, vais aparecer por aí a rir e provar-nos que estas coisas não nos acontecem.
Queria tanto que estivesses aqui.

Tuesday, March 02, 2010

Me&FB

O Facebook veio mudar o mundo, já toda a gente sabe. Prova disso, é o número de facebookers, o despedimento "facebookis causis" (n sei, pareceu-me bem), ou a quantidade astronómica de recadinhos que o facebook me vai enviando ao longo do dia com as milhentas actualizações dos meus amigos. Que, neste caso, são mesmo amigos, ou pelo menos conhecidos - sou da velha guarda, nada de aceitar convites de estranhos!
E se por vezes é o companheiro ideal nas loongas horas de monotonia laboral, outras é simplesmente assustador. Como quando descobrimos os nossos amiguinhos do tempo de escola transformados em homens que nos fariam atravessar a rua e marcar o 112 discretamente no telemóvel em caso de ataque súbito. Sim, foi assustador encontrar o pequeno X, que na escolinha fez o papel de príncipe encantado que me acordava com um beijinho na testa (nada de sem vergonhices!) na peça da Branca de Neve, parecido com um toxicodependente do ido Casal Ventoso.

Como postava ainda há pouco um amigo do facebook: "What happens in Vegas... stays on Facebook, Twitter and Youtube". É preciso dizer mais?

Once upon a time

she smoked the whole world and kissed it away

Friday, February 26, 2010

Rituais

Rituais.
É aquela coisa de chegar à redacção, limpar os óculos, pôr os óculos com uma mão enquanto ligo o pc com a outra, teclar a password com dois dedos, enquanto procuro o pacote das bolachinhas na mala XXL com outros dois dedos e estalar o pescoço antes de sentar na cadeira que me deixa as pernas a balançar para trás e para frente.
Abrir o mail, abrir o outro mail, abrir o terceiro endereço de email. Ler os mails de uma e de outra e ainda da outra conta por uma ordem que vai dos potencialmente mais interessantes aos óbvia e tragicamente entediantes.
Ler um blog, dois blogs, três blogs. Escrever cem caracteres, duzentos caracteres, trezentos caracteres.
Chegar a casa e devorar o almoço de olhos fixos no último episódio da Betty Feia, das Donas de Casa Desesperadas ou do Serviço de Urgência.
Voltar e tentar encontrar um lugar onde estacionar o bólide, numa distância estratégica da porta da esplanada - calcular ângulos, raios, diâmetros.
Telefones a tocar, gente a gritar, impressoras a cuspir papel. Tardes que passam tão rápidas que nem damos por elas, ou às vezes horas que insistem em demorar-se, inúteis, nos ponteiros virtuais do ecrã.

E, às vezes, não fazer nada disto. Ignorar os emails, não responder a telefonemas, rabiscar caretas no papel em vez de escrever. Também é para isso que existem os rituais.

Friday, February 12, 2010

violência doméstica no holmes place

"Olha para essa barriga: parece que vais dar à luz! E sabes que acabas sempre por gostar..."

Se, no último anúncio do Holmes Place, fosse um homem a dizer isto a uma mulher, e não o contrário, já toda a gente falava de violência psicológica e de certeza que já tinham colocado umas boas dezenas de soutiens a arder à porta dos ginásios.

Mas, assim, confesso que até me dá vontade de arranjar um marido só para o mandar para o Holmes Place: "Barrigudo pah! Não tens vergonha de andar assim na rua? Que é isto? Maminhas? Vai já tratar disto! Ou precisas que te compre uma combinação?"

Ai, que lindo é o amor...

Filosofias

Parece que o Nietzsche (coitadinho, com este nome imagino a infância terrível que n deve ter tido...) disse: "Sem o caos dentro de si ninguém pode dar à luz uma estrela dançante".

É ÓBVIO que o Sr. N. nunca teve um filho.... Porque quem é que no seu perfeito juízo gostaria de dar à luz uma estrela dançante?? Uma bola em chamas a saltitar de um lado para o outro a sair... pronto, a sair?!

hoje estou de luto pela filosofia

Thursday, February 04, 2010

De todas as vezes que me dizes que sonho demasiado alto

só me fazes querer lutar mais e melhor para ser quem sonho.

Wednesday, February 03, 2010

Lembram-se?

Sebastião: Se você quer a coisa bem feita
tem que fazer pessoalmente.
Primeiro temos que criar o clima.
Percusão,cordas,sopros,palavras.
Aí está ela, aprendendo a namorar

Nada nada vai falar,
Mas embora não a ouça
Dentro de você uma voz vai dizer agora
"Beije a moça"
É verdade, gosta dela como vê

Talvez ela de você
Nem pergunte a ela
Pois não vai falar, só vai demonstrar
Se você a beijar

Sha la la la la la la
Vai não vai, olha o rapaz não vai
Não vai beijar a moça
Sha la la la la la la
Essa não, ele não tenta não
E vai perder a moça

Erick: Eu não me sinto bem
sem saber seu nome
Quem sabe eu adivinho
Será Mildrit.
Já sei que não
Que tal Diana,Raquel?

Sebastião: Ariel, o nome dela é Ariel

Erick: Ariel? Ariel
É um belo nome nome Ariel

Esta é a hora
Flutuando na lagoa
Veja só que hora boa, não perca esta chance
Ela não falou, ela não vai falar
Se você não a beijar
Sha la la la la la la

Vai com fé, que agora vai dar pé
É só você beijar
Sha la la la la la la
Vai em frente, não desaponte a gente
Você tem que beijar
Sha la la la la la la

Pegue a mão, escute essa canção
E beije logo a moça
Sha la la la la la la
Pra ser feliz, faça o que a gente diz
E beije logo a moça

Beija, beija
Beije a moça
Beije a moça
Beije a moça, beije a moça...


(e acaba por não beijar lol)

O tamanho conta!


O homem mais alto do mundo (246.5 cm), Sultan Kosen e o homem mais baixo do mundo (74.61 cm), He Pingping encontraram-se. Os dois juntos, na Turquia.
Mas a Sábado também acrescenta que o sr. He Pingping (será que este é o verdadeiro apelido dele? parece demasiado perfeito para ser real!) enfrenta agora um novo concorrente. Wu Kang, de 22 anos e 68 centímetros, recusou um tratamento hormonal que o poderia fazer crescer mais 12 centímetros... tudo porque quer alcançar o título até agora detido pelo Sr. Pingping.
Anda uma rapariga a fazer malabarismos em cima dos saltos altos para quê?

Para hoje, chuva.

Tenciono lançar um novo programa de meteorologia, baseado no estado do meu cabelo. É certinho que quando invisto meia hora do meu tempo a esticar a juba, chove.

Para amanhã, sol, senhoras e senhores. E muitos caracóis.

Tuesday, February 02, 2010

Ainda sobre a colecção de Arik Levy (ver dois posts abaixo)

For example, “Pussy” can open more or less wide and “Dick”’s upper portion can come down. “Ass” can commune with “Pussy”, while “Dick” is on the floor.

.....
lol

Exaplinim, Sr. Richers*

Toda a minha infância foi marcada de frases aparentemente sem sentido. É por isso que apareço nos vídeos caseiros a cantar parvoíces como "Barbie e o seeeeu comedor"(ainda hoje não sei o que a Barbie tinha, mas tenho quase a certeza de que não seria um comedor), ou "Lá fora há uma vaca em chamas" (o que apesar do efeito visual fantástico é, no mínimo, bizarro).
Lembrava-me bem daquela frase que antecedia sempre as grandes séries pós-almoço, como o Kit ou o Esquadrão Classe A. Mas, na minha memória, tudo o que ficara era "Versão brasileira, Exaplinim".
Hoje, graças ao google, ao youtube e aos MMS (pronto, Miguel*, tu também ajudaste um bocadinho), consegui descobrir que Exaplinim era, na verdade, Herbert Richers, o dono de uma empresa de dobragens brasileira que faleceu o ano passado. Dobrou centenas de séries, filmes e novelas e a frase "Versão brasileira, Herbert Richers" é uma das mais conhecidas no Brasil. Para mim, continuará a ser "Versão brasileira Exaplinim", mas foi maravilhoso conseguir voltar a ouvir aquela voz e conhecer a história por detrás dela.

"Vamos kitxi?"

*na ausência de colunas no local de trabalho, vi-me forçada a pedir ao Miguel que me telefonasse, e colocasse o telefone dele junto às colunas do seu pc, para poder ouvir a mítica frase e confirmar que era, mesmo, a minha exaplinim. Ele enviou-me um MMS com som e ficou tudo esclarecido. Salvé oh Mimi!
Nos meus - ultimamente imensos - tempos livres, gosto de deambular por alguns sites onde sei que me aguardam sempre boas novidades.

O Dezeen é um deles, e se comecei a lê-lo mais por obrigação, agora é um prazer ir espreitando as últimas do mundo da arquitectura e do design. Às vezes, encontram-se pequenas "pérolas" - e eu posso ser realmente chata quando se trata de divulgar "pérolas". Outras, nem por isso. Mas acabo sempre por achar qualquer coisa que me faz rir. Ora vejam:



Dick, Pussy & Ass by Arik Levy


French designer Arik Levy is exhibiting a collection of three cabinets called Dick, Pussy & Ass at Galerie SLOTT in Paris.
The collection of furniture is made up of geometric boxes, which can be rearranged to create stylised images of sexual organs.
posso ser uma nulidade artística, mas não é, definitivamente, o tipo de coisa que colocaria na minha sala... Quer dizer, quem é que quer ir arrumar a loiça num pénis, limpar o pó ao rabo ou convidar a avó a pousar o casaco ali em cima da pussy?... :S

Casais de todo o país, concorrei!

O Fontana Park lançou um passatempo no Facebook em que oferece uma noite com refeição afrodisíaca no Dia dos Namorados. Não fosse eu uma moça solteira e já lá estava a minha participação! Mas, assim sendo, posso alimentar a concorrência e espalhar a palavra. Vejam lá se depois se lembram de mim no dia das amigas, siiiim?



Passatempo Facebook!
O Fontana Park Hotel criou ainda um passatempo “Love Valentine” em que desafia os seus fãs no Facebook a partilharem a sua faceta romântica com uma foto apaixonada na sua página. A foto publicada que reunir mais “Gosto” terá direito a uma estadia com refeição afrodisíaca no Dia dos Namorados no Fontana Park Hotel. Para o casal vitorioso esta será uma experiência única num dia especial. O passatempo irá decorrer até dia 11 de Fevereiro e o vencedor será dado a conhecer dia 12 de Fevereiro.
Esta é mais oportunidade que o Fontana Park Hotel quer dar aos seus amigos para desfrutarem de momentos únicos nesta unidade hoteleira exclusiva.


Monday, February 01, 2010

No mundo ideal...

  • eu teria sempre tempo para assistir um episódio qualquer do início ao fim, enquanto mordiscava as torradas do pequeno-almoço
  • conseguiria sempre escolher o "outfit du jour" à primeira - e, consequentemente, o meu quarto não pareceria ter sido atacado por ursos
  • o meu cabelo pareceria sempre saído de uma capa de revista ao despertar, com aquele jeitinho tipo "desleixado-giro" que em mim parece só desleixado
  • nunca ninguém sairia de casa ao mesmo tempo que eu, deixando todas as estradas livres para que pudesse conduzir, feliz e contente, aos zigue-zagues para o trabalho
  • a minha filha acordaria sempre com um sorriso angelical e um grande abracinho para me dar, em vez de rosnar debaixo dos lençóis sempre que a tento acordar - à distância, com um pau
  • nunca mais teria de escrever sobre sanitas. Ou torneiras.
  • nevaria pelo menos uma vez por ano em Lisboa - e a neve seria igualzinha a farrapos de algodão doce
  • seria capaz de usar saltos altos um dia inteiro sem parecer a prima direita do Quasimodo
  • A Mango, Zara e Stradivarius lutariam entre si para me conseguirem como representante e eu acabaria por permitir que todas me vestissem de graça.
  • O fim de semana teria 3 dias pelo menos - 4 também não está completamente fora de questão!

(continua....)

Friday, January 29, 2010

Toms Drag


legenda: lindo, lindo, lindo, lindo, lindo!!
Descobri a colecção do Tom Hoffmann na Bairro Arte (http://bairroarte.blogspot.com/) e estou receptiva a todos os embrulhos que me queiram enviar com as coisinhas deste senhor.
Há sapos com coroas, cães que são porta-jóias, girafas que ficavam lindas com as minhas malinhas lá encavalitadas... tudo com um ar muito drag!

Thursday, January 28, 2010

O dia em que me tornei potencial dadora de medula

Enfermeira: "Está a ouvir-nos? - como é que ela se chama? - Sente-se bem? Consegue ouvir-nos?"

Vozinha interior: Se calhar ainda tenho tempo de fugir. Mas não, não posso. É o meu dever enquanto ser humano!

Pessoa dentro da sala: "Eu... eu nem me apercebi que tinha desmaiado"

Vá, também gostava que fizessem o mesmo por mim, pela minha família, pela minha filha!

Enf: "Será que consegue aguentar depois a recolha?"

A recolha? Mas é assim tão mau?

"São duas horas ligada a uma máquina que lhe tira o sangue e o volta a colocar, depois de retiradas as células necessárias"

O QUÊ?? ABORT ABORT!!

"Ah, mas há uma opção com anestesia geral, não é?" ( a desmaiada, meia desperta)

Ufaaa....

"Sim, mas com essa tem de ficar hospitalizada durante 24 horas"

OH MERDA! SIMULA UM DESMAIO, ATIRA-TE PARA O LADO, FOGE, FOGE!

Já para mim: "Tem a certeza do que está a fazer? É que se desistir depois de encontrarmos um receptor compatível, essa pessoa pode morrer"

(Engulo em seco)

Eu mesma: "Claro, claro, não vinha aqui se não quisesse ajudar" OH MEU DEUS, OH MEU DEUS, O QUE É QUE ESTOU A FAZER?




12 ml de sangue a menos:

"Parabéns, espero que tenhas a sorte de conseguir salvar a vida de alguém :)", envia a minha irmã, inscrita no banco de dadores há 3 anos.

Cala-te medo. Hoje sinto-me a Supermulher ;)

Wednesday, January 27, 2010

Pacotinho de açúcar

Um dia despeço-me e, passados os 30 dias de pré-aviso que tenho de dar à empresa, passo o dia inteirinho na praia, esteja sol, chuva, neve ou granizo.

Mas hoje ainda não é o dia.

O "terceiro olho"

Procurava eu um método para aprender a dormir de olhos abertos (esta nova experiência de trabalhar a full-time tem sido, no mínimo, desesperante), quando o meu novo melhor amigo Google (salvé!salvé!) me enviou para o Fórum "Viagem Astral".

Acho que não vai ser aqui que vou encontrar a minha solução, mas vale mesmo a pena ler:

"A um tempo atraz eu estava com muita dificuldade de dormir no onibus (e de escrever também, mas continuemos), eu passava a viagem inteira para a faculdade de olhos fechados tentando dormir, as vezes eles pareciam estar entre abertos. Sempre achei que eu estava acordado, quando perguntei a minha amiga que me confirmou que eu estava sempre dormindo e de olhos fechados. Porém a impressão que eu tinha era de passar a viagem inteira sentado e eu conseguia ver praticamente tudo ao meu redor. Isso já aconteceu varias vezes comigo a noite, de passar a noite inteira dormindo, mas mesmoa assim uma parte de mim estava acordada olhando para o quarto. Isso tem alguma coisa a ver com o terceiro olho?" Pessoa X

Resposta:

"Dormir de olhos abertos é um distúrbio do sono, a pessoa que sofre deste distúrbio deve procurar auxílio médico tendo em vista que o não fechamanto dos olhos por período de tempo prolongado pode causar irritações na córnea que podem evoluir para úlceras de córnea e comprometer sériamente a visão devido a falta de lubrificação do globo ocular." Pessoa Y

lolol estava ele tão esperançoso...

E daí?

E daí,
Gal Costa

Proibiram que eu te amasse
Proibiram que eu te visse
Proibiram que eu saísse
E perguntasse a alguém por ti
Proibam muito mais
Preguem avisos
Fechem portas
Ponham guisos
Nosso amor perguntará
E daí, e daí
Daí por mais cruel perseguição
Eu continuo a te adorar
Ninguém pode parar meu coração
Que é teu...

Ando viciada na expressão "e daí".
Pois, devia era estar a escrever sobre pavimentos e papel de parede mas... e daí? ;)
E daí?
e daí?

Quero um, quero um!!

Sei que não é nenhuma novidade, mas como ainda estamos em Janeiro e há todo um ano para encher de notas, tinha de pôr aqui este calendário do Oscar Diaz que achei simplesmente genial!
"Todos os meses, uma garrafa de tinta vai-se espalhando numa folha de papel com números, colorindo-os à medida que o tempo passa"

Se quiserem saber mais (e vocês sabem que querem, vá lá): http://www.dezeen.com/2009/07/17/ink-calendar-by-oscar-diaz/

Tuesday, January 26, 2010

Do "nada a ver"...

Hoje estava na dúvida acerca do nome do tubinho dentro da garganta que leva o ar até aos pulmões.

Nos mamíferos, a traqueia é o tubo de aproximadamente 1,5 centímetros de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento que bifurca-se no seu interior, ligando a laringe aos brônquios, para levar o ar aos pulmões durante a respiração.
A traqueia é constituída por músculo liso, revestida internamente por um epitélio ciliado e externamente encontra-se reforçada por anéis de cartilagem. Esse muco ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes no ar inalado, e que graças ao movimento dos cílios são varridas para fora e expelidas ou engolidas. Wikipédia

Não gostei dos anéis de cartilagem. Fizeram-me lembrar as orelhas de porco na feijoada....

Urghhhhh!

Monday, January 25, 2010

hummmm....

José Cid sequestrado e roubado

O cantor José Cid foi alvo de carjacking no passado Domingo. Uma dupla de assaltantes sequestrou e roubou o cantor.


Domingo por volta das 02h30 da madrugada, a 10 metros de sua casa, no Alto do Estoril, José Cid abrandou a velocidade do carro quando chegava a um cruzamento e foi surpreendido por dois homens com duas armas de fogo. Um português e um brasileiro entraram cada um por um lado diferente do carro e José Cid não resistiu.
«Eles não sabiam quem eu era*. Eu disse-lhes que era o José Cid e pedi-lhes que não me fizessem mal, porque tinha ali dinheiro», revelou o cantor ao Diário de Noticias.
«Tu cantas bué bem, mas não contes isto à polícia, senão levas um tiro».
Foi este o ultimato que os dois assaltantes fizeram a José Cid.
Os assaltantes mandaram-no deitar de bruços no banco traseiro e ameaçando-o que se falasse levava um tiro. Conduziram o carro até Almada a alta velocidade, levando o cantor a pensar que era um rapto. Depois de uma hora em pânico e depois de 500 euros a menos no bolso, José Cid pôde respirar de alívio quando a dupla de assaltantes disse que se ia embora.

(Inês Carranca, no Destak)

Levam-lhe o dinheiro e raptam-no durante uma hora "de pânico", mas não sem antes acrescentar o assustador ultimato de que ele "canta bué bem" - uma parte, aliás, fundamental nesta história - mas não o suficiente para se safar de um tiro caso diga alguma coisa à polícia. ...
...
é só de mim ou, sei lá, existem aqui uns contornos assim a atirar para o cómico?

*hummmm..... lol

Friday, January 22, 2010

Ultimamente não consigo deixar de ouvir...

Coisas que eu sei

Eu quero ficar perto
De tudo que acho certo
Até o dia em que eu
Mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento
É minha distração...
Coisas que eu sei
Eu adivinho
Sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio
Mostra o tempo errado
Aperte o Play...
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer
Na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado
Pra visitação...
Coisas que eu sei
O medo mora perto
Das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim
Não vou trocar de roupa
É minha lei...
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais
Depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro
Do que eu desenhei...
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas
No meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos
Que eu não sei usar
Eu já comprei...
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo
Mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre
Quando tô a fim...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Agora eu sei...Agora eu sei...Agora eu sei...

http://www.youtube.com/watch?v=rIVFcsO_ywQ

Mesmo?

Madrid foi há 11 anos.
(Respira fundo)
É quando começamos a contar as coisas em décadas que percebemos que estamos a envelhecer. Quando achamos que tudo se passou, no máximo dos máximos, há meia dúzia de anos e, de repente, quando olhamos para a fotografia, vemos a data a corrigir-nos as coordenadas com a força de um soco no estômago.
Já passaram mesmo 11 anos?
É também nesta altura que percebemos o significado daquelas “amizades de sempre”. Das amigas que vimos crescer, com quem partilhámos os pormenores t-o-d-i-n-h-o-s do primeiro beijo, com quem falámos horas ao telefone analisando o olhar que o rapaz de quem gostávamos nos lançou no intervalo. Foi com elas que nos descobrimos enquanto pessoas, que experimentámos todas as nossas potenciais personalidades, desde estrelas de música pop, a bruxas ou aspirantes a comandar a máfia…
Fumámos cigarros às escondidas na varanda. Rimos com estátuas despidas. Fingimos não entender espanhol. Percorremos as calles ao ritmo da nossa inocência e com toda a felicidade que pode caber num sorriso de 14 anos. Cantámos Spice Girls até à exaustão.
Foi há 11 anos? Mesmo?

Friday, January 15, 2010

3 quilos de corrector de olheiras depois...

... já quase pareço um ser vivo. Quase.

O que eu queria mesmo mesmo nestes dias...

Adoro a forma como depois de espancar tudo o que lhe aparece à frente, seja com a parte de cima do guarda-chuva ou com o cabo, o senhor acaba sempre por abri-lo com o ar mais tranquilo do mundo!