Tuesday, September 20, 2011

Lá por casa

Cria ontem, ao chegar ao quarto:
"Mamã, foste tu que fizeste a cama?! Está tão direitinha!!"

Wednesday, September 14, 2011

Fazem-me uma confusão tremenda aquelas pessoas que dizem que não reciclam porque o ecoponto é muiiiito longe de casa. E meter os saquinhos no carro e passar pelo ecoponto no caminho para o trabalho, não? Ai que fica o carro a cheirar mal, que dói nas mãozinhas carregar 3 ou 4 sacos diferentes, que ocupa muito espaço na cozinha... Eu tenho uma cozinha piquinina, piquinina e consegui lá enfiar um caixote de reciclagem. Por isso, se não têm paciência para reciclar, assumam-no. Chamemos as coisas pelos nomes. Em 2008 existiam mais de 25 mil ecopontos em Portugal - e o número, presume-se, está bem mais gordinho por estes dias. Ou seja: ou não reciclam e assumem que se estão a marimbar para a coisa ou comecem a reciclar e acabem com o choradinho de que não há ecopontos por perto, que, pelo menos em Lisboa, é coisa que não falta.

Arrrgh!

Thursday, September 08, 2011

Quem me dera que pudesses ficar, só mais um bocadinho. Ali, encostado à janela. Nem tinhas de falar, ser engraçado, fazer conversa de circunstância. Podias limitar-te a olhar os livros, como faço às vezes, sentada no tapete, enquanto penso. Fixo as lombadas e penso, rabisco decisões, aposto em sonhos. Se pudesses ficar acabavas por diluir, um pouco, este silêncio. É sempre diferente o silêncio a dois. Tem altos e baixos e cores e texturas e quase se consegue sentir o sabor na ponta da língua. Venho de uma casa cheia: de pessoas, gatos, peixes, televisores, revistas abertas sobre a mesa de centro. E o silêncio não é coisa que me caiba bem: quase como uma camisola demasiado grande, a sobrar nas mangas, a cobrir os joelhos. Se puderes, fica um bocadinho.