Sunday, March 28, 2010

Hora pelo Planeta

Durante uma hora cozinhei (a gás) à luz das velas, brindei com poncha no escuro e consegui não matar nenhuma das minhas amigas acidentalmente com os talheres. Estou pronta para ir viver na selva - ou pelo menos para sobreviver caso não tenha dinheiro para a conta da electricidade!

Insanity Alert! (memorabilia II)

Fui abandonada ontem, pelas 9h00, hora local, pela minha família mais próxima. Para trás, só eu, o gato e a minha irmã. São cinco dias sem a piquena - o que, em anos de mãe, equivale mais ou menos a um ano. Fiquei tão desorientada que só me lembrei de ir arrumar os armários da casa-de-banho! (Eu!!) E depois de hora e meia a verificar vernizes, ordenar frasquinhos de perfume, seleccionar pulseiras e reunir maquilhagem, a minha irmã entrou na casa de banho e gritou: "Mas o que é isto? Está horrível!"

Pronto, não fui criada para a arrumação. Não está no meu ser. É melhor ficar pelo sofá...

Sunday, March 21, 2010

Memorabilia

Sim, eu assumo: eu sou uma confusão. Não é só o meu quarto, o meu carro ou a minha secretária em qualquer redacção onde eu finque o pézinho durante mais de uma semana. Não, não há nenhuma conspiração internacional de vilões que, durante a noite, remexem nas minhas coisas instaurando o caos - admitamos, finalmente.
Os nativos de gémeos, dizem, são meio confusos por natureza. Eu, filha de um gémeo e mãe de uma gémea, sou totalmente confusa por natureza. Não é só desorganizada, que eu até consigo encontrar um fiozinho de arrumação (pronto, raramente) no meio do meu caos. A minha cabeça parece sempre uma casa depois de uma festa: copos espalhados por todo o lado, cinzeiros aqui e ali, post its esquecidos ao acaso debaixo das almofadas.
A treta do signo já não funciona como desculpa, cá em casa. Ainda tentei convencer toda a gente de que a culpa não era minha, que não posso evitar porque sou uma criança índigo, mas também ninguém levou a coisa muito a sério. E aquilo de que da confusão nasce o génio... esqueçam, também não engana ninguém.
Assim sendo, restou-me assumir o meu problema: eu sou o meu próprio caos. Mas (porque nestas coisas de admitir problemas convém sempre haver um "mas") a culpa não é minha. A culpa é do meu coraçãozinho lamechas que se apega tanto a um cinzeirinho foleiro oferecido por uma velhinha no Alentejo como a um gatinho bebé e orfão.
Olá, eu sou a Laura e sou viciada em memórias.
Pronto, está dito.
É o cinzeiro horroroso dado pela velhinha, é o azulejo piroso oferecido em Santa Luzia, são os copinhos de shot roubados em jantares inesquecíveis no restaurante chinês, o falso vaso egípcio montado e pintado quando tinha 10 anos e sonhava ser a nova Indiana Jones... E o coração lamechas lá vai acumulando o lixo como se fossem tesouros.
Olá, eu sou a Laura e hoje deitei fora quase todo o lixo que ocupava o meu quarto. Pronto, a cómoda do meu quarto - um passinho de cada vez que isto não é assim zás trás e estás curada!
E não é que me sinto muito melhor?

(Não fui capaz de deitar fora o vaso egípcio, mas coloquei-o longe do meu ângulo de visão, em cima do roupeiro. Conta pelo menos meio ponto, não?)

Saturday, March 20, 2010

Grandes frases ou Thank God for LOL parte 2

"Se toda a vez que eu fechar os olhos ganhar um beijo teu fecharei os olhos internamente"*



... e como é que ela faz isto? Com aquela técnica de dormir com os olhos abertos que eu ainda não consegui descobrir? Será uma coisa mística relacionada com o terceiro olho? Não sei, mas parece-me que esta rapariga fez a descoberta científica do ano. Se calhar era caso de chamar os senhores que atribuem o prémio Nobel...

* frase real, escrita por uma pessoa real, no seu nick do msn

Friday, March 19, 2010

Amores adolescentes

Dizem que não há amor como o primeiro. E, se calhar, porque ele é o último. O único em que acreditas com todos os centímetros da tua pele, o único em que tens um coração novinho em folha, polido e brilhante como um carrinho de brincar acabado de comprar, o único em que dizer "amo-te" não vem acompanhado de suores frios e equações matemáticas acerca da probabilidade de nos virmos a arrepender amargamente de termos aberto a boca.
Grandes debates precederam este post. Do que é o amor, do que é a paixão e se um pode existir sem o outro. E ele dizia que o amor se existe então é para sempre. Tem de ser para sempre. E eu dizia que não, que para ser real não tem de ser eterno. E ela exaltava a paixão, o formigueiro na barriga, o sorrisinho parvo, o telemóvel virado para baixo como se isso fizesse chegar as mensagens e os telefonemas.
E então, a conduzir para o trabalho, a pentear o cabelo, na hora do almoço - quando foi? - eu pensei: "Se calhar, só os amores adolescentes são verdadeiros". Sim, os ingénuos, os inexperientes, os descarados. Aqueles em que sabemos que vamos ficar juntos para sempre. Aqueles em que deixamos que ouçam todas as palavras que nos chegam aos lábios. Aqueles que, quando acabaram, nos fizeram chorar durante dias, semanas a fio, achando que o mundo ia desabar e levar-nos com ele - e quase queríamos que isso acontecesse porque a vida já não fazia sentido.
Depois do primeiro amor já não estamos novinhos em folha, é um facto. Mas o coração continua no mesmo lugar de sempre.
E só nos resta mesmo aprender a amar, até porque não temos grande escolha - seja para sempre ou não.

"The greatest thing you'll ever learn is to love and be loved in return"

Thank God for LOL

Se há "palavra" útil, ainda que ausente do dicionário - pelo menos por enquanto - é o LOL. Porque serve sempre, qualquer que seja a situação. Serve para quando estamos completamente ausentes de uma conversa ("hmmm... ah, lol!") e para quando não percebemos bem o assunto ("os protões? lol!").
Serve para dizer aceitar um convite ("lol", i.e.: estava a ver que nunca mais perguntavas!) e para fugir a sete pés ("lol", i.e.:deves estar louco para pensar que vou a algum lado contigo!).
Serve para concordar ("lol", i.e: pois, tens razão, é óbvio, nem vale a pena acrescentar mais nada à tua brilhante observação para além de uma sonora gargalhada de concordância) e para discordar ("lol", i.e: és tão parvo, mas tão parvo, que, quando ouço essa tua observação ridícula só me consigo rir de ti).
Basicamente, o LOL veio facilitar-nos a vida como nenhuma outra "palavra" antes. Porque nos permite dizer exactamente o que pensamos e deixar aos outros a tarefa de nos compreenderem - ou não. E de nunca mais nos falarem - ou não.
Seja como for, Thank God for LOL.

E aposto que, se Ele existe, também está lá em cima a dizer lol...

Wednesday, March 17, 2010

By the Sea




MRS. LOVETT:
(she kisses Todd)
Ooh, Mr. Todd! (kiss)
I'm so happy! (kiss)
I could (kiss)
Eat you up, I really could!
You know what I'd like to do, Mr. Todd? (kiss)
What I dream (kiss)
If the business stays as good?
Where I'd really like to go,
In a year or so?
Don't you want to know?

TODD: (spoken) Of course.

LOVETT: Do you really want to know?

TODD: (spoken) Yes, I do.

LOVETT: By the sea, Mr. Todd, that's the life I covet,
By the sea, Mr. Todd, ooh, I know you'd love it!
You and me, Mr. T, we could be alone
In a house wot we'd almost own,
Down by the sea!

TODD: Anything you say...

LOVETT: Wouldn't that be smashing?

LOVETT:
Think how snug it'll be underneath our flannel
When it's just you and me and the English Channel!
In our cozy retreat kept all neat and tidy,
We'll have chums over ev'ry Friday!
By the sea!
Don'tcha love the weather?
By the sea!
We'll grow old together!
By the seaside,
Hoo, hoo!
By the beautiful sea!

It'll be so quiet,
That who'll come by it,
Except a seagull
Hoo, hoo!
We shouldn't try it,
Though, 'til it's legal for two-hoo!
But a seaside wedding could be devised,
Me rumpled bedding legitimized!
Me eyelids'll flutter,
I'll turn into butter,
The moment I mutter I do-hoo!

Down by the sea
Married nice and proper!
By the sea,
Bring along your chopper!
To the seaside,
Hoo, hoo!
By the beautiful sea!

Tuesday, March 16, 2010

Em que altura da nossa vida passamos a achar que "porque sim" não é resposta?

Friday, March 05, 2010

2 anos

Ontem não me lembrei. Às vezes esqueço-me que morreste, é verdade. Da mesma forma que há dias em que, de repente, a conduzir para casa, a arrumar a roupa amontoada sobre a cama, me lembro de ti. Penso no que serias agora. Imagino o que farias. Tento descobrir como seria se nos encontrássemos agora, assim por acaso - "olha, também estás aqui?". Sei que me ias chamar Laurinda, eu ia revirar os olhos, provavelmente bater-te ao de leve, dizer "então kókó, já estás a abusar...", rir-me.
Nunca mais me vais chamar Laurinda, e eu nunca mais te vou revirar os olhos. Nunca mais nos vamos encontrar às escondidas, atrás do pavilhão, para um cigarro. Não te vou mostrar fotos da minha filha, mas se calhar, onde quer que estejas, consegues ver-nos. Espero que sim, espero mesmo que sim.
Tenho saudades tuas, Moko. Tantas que sinto a garganta apertada. Tantas que quase acredito que, de repente, vais aparecer por aí a rir e provar-nos que estas coisas não nos acontecem.
Queria tanto que estivesses aqui.

Tuesday, March 02, 2010

Me&FB

O Facebook veio mudar o mundo, já toda a gente sabe. Prova disso, é o número de facebookers, o despedimento "facebookis causis" (n sei, pareceu-me bem), ou a quantidade astronómica de recadinhos que o facebook me vai enviando ao longo do dia com as milhentas actualizações dos meus amigos. Que, neste caso, são mesmo amigos, ou pelo menos conhecidos - sou da velha guarda, nada de aceitar convites de estranhos!
E se por vezes é o companheiro ideal nas loongas horas de monotonia laboral, outras é simplesmente assustador. Como quando descobrimos os nossos amiguinhos do tempo de escola transformados em homens que nos fariam atravessar a rua e marcar o 112 discretamente no telemóvel em caso de ataque súbito. Sim, foi assustador encontrar o pequeno X, que na escolinha fez o papel de príncipe encantado que me acordava com um beijinho na testa (nada de sem vergonhices!) na peça da Branca de Neve, parecido com um toxicodependente do ido Casal Ventoso.

Como postava ainda há pouco um amigo do facebook: "What happens in Vegas... stays on Facebook, Twitter and Youtube". É preciso dizer mais?

Once upon a time

she smoked the whole world and kissed it away