Thursday, August 26, 2010

Depois de quase um ano, tudo o que tenho para levar comigo é um par de canetas, uma agenda e os contactos acumulados neste período. E aquele dramatismo da caixa de cartão com a planta, a moldura, o aquários dos peixes, a garrafa de vodka que costumava estar escondida na última gaveta? Que piada é que tem uma pessoa ir-se embora assim, conseguindo mexer as duas mãos perfeitamente, sem precisar de alguém que lhe abra a porta enquanto num complexo exercício de malabarismo circense tenta não aterrar com a cara no chão? Que grande seca...

Ahahahaha

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1203459

esta miúda tinha a mania que lhe pagavam para dizer poesia na rádio lol


Que saudades dela!

Wednesday, August 25, 2010

TicTacToe

Já entreguei aquele que oficialmente será o meu último texto por estas paragens. O evento deu-se com muito pouca pompa e nenhuma circunstância ontem, pelas 16h (mais coisa menos coisa), e desde aí que me arrasto pela internet simulando um ar muito ocupado. Agora só tenho de descobrir o que fazer com estas últimas dezasseis horas em solo corporativo.

Tuesday, August 24, 2010

72h

Dentro de aproximadamente 72h vou banir o despertador. Vou acordar quando quiser. Vou enterrar os pés na areia e comer melancia deitada na toalha. Vou ler as páginas acumuladas na mesa de cabeceira. Vou desenhar tatuagens a esferográfica de centenas de cores nos tornozelos. Vou inventar receitas e gastar horas em conversas sobre nada, no café. Vou deixar o cabelo continuar a crescer e, se calhar, mudar-lhe a cor. Vou dormir à tarde e não vou sentir remorsos por isso. E quando estiver cheia, cheia, cheia, regresso. Mas até lá, vou ser feliz.

Friday, August 06, 2010

As pessoas trabalhadoras vão-me desculpar

até porque eu bem sei que dói e que custa e que quando estes seres de férias se põem a gritar e aos pulinhos uma pessoa até reza baixinho a ver se torcem um pé.

Mas faltam oficialmente 20 minutos para eu entrar de férias e tenhos os dedinhos dos pés discretamente aos pulinhos debaixo da secretrária.

So long!!
Há um ano atrás eu estava na merda. Não, não estava na porcaria, não estava chateada, não estava assim para o desanimada. Estava mesmo na merda, como só uma pessoa enterrada na merda até à ponta dos cabelos sabe que o está.
De um dia para o outro. Foi assim mesmo que me "dispensaram". E eu chorei, chorei e chorei. Porque nunca mais ia ser feliz. Porque era o trabalho da minha vida (convém dizer que foi o primeiro). E com a crise ia ficar desempregada para sempre e/ou pesar fruta no Continente. Fiquei despedaçada. Destroçada. Perdi peso (o que foi maravilhoso) e adiei o meu plano de deixar de fumar.
Um ano depois olho com incredulidade para o calendário: passou um ano e eu sobrevivi. E voltei a rir, e não trabalho no Continente e recuperei o peso (maldito!) e já sou uma pessoa dada a dietas novamente.
Continuo a achar que foi um dos trabalhos da minha vida. Ainda sinto aquele formigueiro nos pés de quem sobreviveu à força de viagens traçadas em letras e muitos quilómetros na estrada. Tenho saudades de não saber onde vou estar daqui a uma semana. Mas também percebi que sou muito mais que isso. Que eu era aquelas viagens. Que eu era aquelas palavras. Que era eu quem encontrava naquelas tardes de exílio onde procurava adjectivos perfeitos. E que não tarda nada volto a encontrar-me por aí.

Thursday, August 05, 2010

E num acesso de futilidade...

...confesso que a melhor notícia do dia foi saber que a Zara vai começar a vender online a partir do dia 2 de Setembro!!

weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! :)

Tuesday, August 03, 2010

snif snif snif...





Podia lá uma mulher nunca ter ido à Primark? Essa maravilha dos temos modernos, com calças de ganga a 2€ (juravam-me a pés juntos), tops a 50 cêntimos e todo um mundo de prateleiras cobertas de sapatos lindos que não ultrapassavam a casa dos 10€. Andavam as amigas em alvoroço, comentando aquele novo armazém de sonho e eu, como uma habitante da mais remota aldeia, limitava-me a imaginar como seria, afinal, aquele mundo de brilhantes e purpurinas a preço da chuva.
Infelizmente, devia ter-me ficado pelo sonho.
Porque as coisas até podem ser giras, mas para as conseguir agarrar temos de entrar em duelo mortal, primeiro, com as outras 500 pessoas que lá andam perdidas, como nós. Porque os sapatos estão na zona de decoração (e têm tamanhos esquisitos - o 36 não serve, o 37 cai-me dos pés) e há tops pendurados ao pé das carteiras. Porque a ideia de armazém/open space é um bocado confusa e - admito, eu tenho uma percepção espacial terrível - dei por mim a passar pelo mesmo sítio 3 vezes.
E por isso, resumindo e concluindo, lamento, do fundo do meu coração, mas por mais barata que seja a Primark não me conquistou. Fico à espera que abra uma nova loja, mais pequena, com pouca gente e com setinhas a dirigir-me o caminho, em breve, e prometo que serei uma cliente mais feliz! (E façam lá sapatinhos com tamanhos decentes faz favor!!)