Perdoa-me o jeito meio sem jeito com que às vezes me expresso. É o tempo que me enrola os sentidos e me despe de sensibilidade e tacto. Não ligues às cores que não ligam umas nas outras, aos rasgões com que se enche o quarto, à desordem que se instalou em mim: eu sou meio assim, meia sem jeito, meia feita do nada. Esquece a menina das fotografias, tranças seguras em fitas vermelhas, sorriso manchado de gelado, um brilhozinho de cinema a espreitar no canto do olho: não sei dela. Procurei-a nos becos e nos bancos de jardim, liguei para os hospitais, para a polícia, li anúncios de jornais, e nada... é sempre assim:
nunca ninguém sabe de mim.
3 comments:
saberás tu de ti?
eu quase nunca sei de ti... e quando acabo por saber sorrio. gosto de ti, é isso.
eu não:
cadê mim?
:D
estás aqui! voltaste! bem-vinda a nós..
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