Neste momento, o meu e-mail está a ser invadido por programas do dia dos namorados. Os melhores hotéis, os melhores restaurantes, todos eles fazem sugestões mais-que-românticas que prometem tornar um dia absolutamente banal - e estupidamente irritante, by the way - no supra-sumo dos momentos inesquecíveis. E mesmo que uma pessoa já não possa olhar para fotos de casalinhos apaixonados, tem de entrar no espírito e dar aos leitores uma ideia de todas as coisas maravilhosamente queridinhas e fofinhas que os aguardam caso optem por ir aqui ou ali. Por isso, se o comum dos solteiros só leva com um dia perfeito para se sentir a personificação da exclusão, já o jornalista da revista mensal tem um mês inteirinho para se afundar em auto-comiseração. Assim sendo, peço-vos paciência. Se nos próximos tempos virem que não ando muito entusiasmada com as vossas descrições pormenorizadas sobre aquela vez em que ele foi tããããão querido porque vos levou àquele sítio tããããão giro e depois falaram a noite inteira e foi tããããão fabuloso, perdoem-me. Prometo fazer qualquer coisa parecida com um sorriso - porque fico feliz por vocês, a sério que fico. Mas, ultimamente, ando mesmo sem paciência para o amor.
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