Monday, November 06, 2006

Como um duende me lixou...

Sou uma pessoa com uma imaginação fértil. Tão fértil que acredito que se ficar muito tempo debaixo do chuveiro me vão crescer espigas de milho no alto da cabeça. Tão fértil que, depois de ver o Sexto Sentido, fiquei a pensar "E se eu estiver morta e ainda não tiver percebido?!". Ter uma imaginação fértil pode ser problemático: vemos coisas que os outros não vêm e há outras que nos passam ao lado. Como o galo da minha faculdade. Ando há 3 anos na FCSH e, só outro dia, descobri que temos lá um galo. Nunca o vi, contaram-me que ele anda por lá. E eu pensei: e se eu estou morta e é por isso que não vejo o galo? Mas percebi que então tínhamos todos de estar mortos, porque eles me vêem a mim. Qual a probabilidade de uma Faculdade inteira estar povoada de zombies? Bah, que cabeça a minha!
(As duas únicas pessoas que lerem isto vão pensar que devo precisar de anti-depressivos "Ai que mórbida que ela está! Só a falar de mortos, cruz credo!". )
Acho que se calhar engoli um dia, por acidente, um duende que vinha colado a uma folha de alface, e que esse duende devia ter ideias sinistras. Porque, quando era apenas uma mocinha de 3 ou 4 aninhos, e um vizinho simpático me pediu para contar uma estória eu não hesitei:
Era uma vez uma princesa muito bonita que ia a passear na floresta... quando de repente apareceu um caçador que a matou e ela ficou com a tripas todas de fora! FIM (sorriso inocente com olhinhos brilhantes que aguardam um "Que linda estória")
É claro que não houve sorrisos do outro lado, talvez umas palmadinhas na cabeça e tal, a minha mãe atrapalhada com a situação, os outros pais a esconderem os filhos e a dizerem "Bem, acho que é tarde, temos de ir para casa.. ahah.. até logo".
Pronto, se calhar devia ter contado uma estória em que a princesa apanhava flores e depois dava um lindo raminho à mãe. Mas, bolas, onde estava a originalidade da coisa?!
Pequeno duende, lixaste-me a vida....

A brincar, a brincar...

4 comments:

Anonymous said...

Laura.. se eu soubesse da existencia desse duende dentro de ti as coisas podiam ter corrido de outra maneira.. pq nao disseste antes?!!? llollol

Enolough said...

Hey! Fui a segunda pessoa e não achei que precisasses de cura nenhuma. :) o duende és tu... o que tu vês é como no "Fight Club"... o duende verde era o que tu querias ser mas por traumas de infância nunca foste. (o Freud explica isso melhor que eu) ;)

Lolly said...

Basta olhar para o meu tamanho para ver vestígios do duende em mim...lol.. Mas por acaso acho que "duende verde" não constava da minha lista do que queria ser quando fosse grande :P Enfim, fica um sentimento de "uncanny" (sim, também eu li o texto do Freud!)

Anonymous said...

só para dizer q me parece deveras mórbido estares a pensar se estarás viva ou morta kd estás a falar cmg senta ao meu lado no meu carro...