Tuesday, October 02, 2007

Adeus Codex, Olá Lisey!

As almas mais atentas hão de reparar que eu vou actualizando, ali naquele quadradinho à esquerda, as minhas leituras. Ainda há dias lia o Codex, do meu Sr. Professor José Rodrigues dos Santos, mas devo confessar que o deixei a meio, desiludida com as últimas linhas lidas por mim.
Muito na linha do Código Da Vinci, temos um professor de história, perito em códigos e cifras, que tem como missão recuperar as pesquisas feitas por um colega, entretanto morto.
Até aqui tudo bem. Uns enrolanços com uma sueca, uns talvez demasiados pormenores dos sítios que vai visitando (nós acreditamos que ele tenha lá estado, não é preciso mencionar quantos passos vão da porta do museu não sei quantos ao restaurante não sei que mais...), um casamento em crise e algum suspense na resolução dos mistérios. Bem, na resolução do primeiro. Se começou bem, introduzindo a história da escrita egípcia que é mesmo um dos meus ponto sensíveis (mas vai daí, quantas pessoas para além de mim estarão realmente interessadas em aprender a escrever e ler hieroglifos?), para mim enterrou-se na parte em que uma charada BÁSICA leva quase 10 páginas a ser resolvida. Juntem a palavra ECO, FOUCAULT e PENDENTE. Hummmm familiar? Demasiado familiar? Talvez nem todos tenhamos ouvido falar nisso, mas estamos a falar de um Sr. Professor, com um nível de cultura que será, ou deveria ser, mais elevado que o comum. Serão aceitáveis 10 páginas para descobrir que a charada se referia ao livro do Eco?
Então fechei o outro livro, o do Professor real, e abri uma das minha últimas aquisições, a Históiria de Lisey, do Sr. Stephen King. E tenho devorado cada palavra com a fome que o outro livro, aquele do professor, me deixou.
Não sou nenhuma crítica e o livro não está nada mal escrito. A história, porém, carece de acção, morre um bocado nas descrições exageradas e nas centenas de documentos que acreditamos que sim, que o sr leu, mas que se tornam aborrecidos.
Quem sabe se um dia não volto ao codex, já em paz com o professor fictício que não sabia o que era o pendente do foucault, e me disponho a "papar" os 3000 documentos que estão para lá enfiados? Mas por agora, vou abrindo os olhos de espanto e deixando a minha imaginação flutuar nesse universo do incrível que é o da mente do Stephen King. ..
PS- já agora, também baseado numa obra do Stephen King, está no cinema o "1408". Recomendo MESMO, com o aviso de que vão saltar da cadeira algumas vezes! E não é isso mesmo que queremos?

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