O melhor de ir de férias nem é o sol, nem a praia, nem a piscina... Não, o melhor de ir de férias é entrar nesse universo paralelo em que todos os nossos problemas desaparecem. Os nomes são os mesmos, o aspecto é o mesmo, ainda que um bocadinho mais moreno, mas as vidas confundem-se. Deixamos as preocupações para trás, o trabalho que é preciso entregar, a nota que aguardamos daquela frequência que nos correu pessimamente, o corre-corre de cá para lá, a hora do almoço que ainda não está feito, aquela pessoa que sabemos que mente mas a quem continuamos a sorrir para evitar conflitos. Tudo desaparece. Tudo se esgota quando estamos longe, quando o que importa é apanhar o sol de frente e rir o mais que conseguirmos. Deixamos o telemóvel em casa e, por momentos, esquecemos que há gente para além daqueles que estendem a toalha à nossa volta, que há mundo do outro lado do muro que separa a nossa piscina do resto...
E no último dia de férias recebo aquela mensagem que me diz que mesmo sem saber o que dizia o Código de Hamurabi fiz bem em inventar porque tive 14 a teoria política e portanto não há exame para o qual estudar. E no dia em que chego faço o trabalho que é para entregar no dia seguinte e está tudo pronto a tempo. E ignoro aqueles que não são o que parecem porque a vida é mesmo assim, e quando estamos de férias tudo fica mais claro e percebemos que o importante mesmo são as pessoas que conhecemos e que estão lá para nós.
Sesimbra.... vamos voltar?

1 comment:
Eu sabia o que era o código Hamurabi, mas ele a mim não perguntou! Achou mais divertida a diferença entre legalidade e legitimidade (ou outra coisa parecida com l)... Mas o melhor é não dizer q Teoria Política é uma seca porque se não sou capaz de ofender 1 certo leitor assíduo deste blog...
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