Sunday, August 19, 2007

Oh ser ou não ser, eis a questão!

Tem piada, mas passadas umas horas já não me lembro da maioria das caras daqueles que estiveram sentados ao meu lado. Podia ser algum sintoma de problema grave, mas chama-se só falta de atenção. Se há pessoas que se me gravam na memória outras, enfim, lá vão, tão efémeras na minha vida como o almoço de ontem, com a diferença que não me adicionam calorias (e ainda bem!).
O que torna, então, algumas pessoas permanentes e outras, pura e simplesmente, descartáveis, na minha memória? Apresentem-se dois sujeitos, A e B, durante os mesmos 5 minutos, numa mesma situação. O que tornará A mais ou menos recordável que B?
1. O aspecto físico. Eu sou adepta ferrenha da beleza interior, mas os olhos também vêem. E neste ponto, conta não só a beleza mas também a originalidade. Meninas com franjinhas à moda, óculos à moda, brincos à moda e colares à moda parecem todas mascaradas de igual e torna-se quase impossível decorar as caras delas. Por outro lado, um maluquinho com aspecto de Einstein não me passará despercebido!
2. De A a Z. Alguém que fale será, é natural, mais facilmente reconhecível que alguém que se limite a dizer "passas-me o cinzeiro?". Se bem que algumas pessoas sabem criar uma aura misteriosa à volta delas, com o seu silêncio e olhar inquieto, que nos faz decorar a cara delas para a descrevermos à polícia caso rebente alguma bomba perto.

A verdade é que ter uma memória selectiva, como todos temos, pode ditar situações que preferíamos evitar. Como quando conversamos durante meia hora com alguém a quem só podemos tratar por "tu", "miúda/miúdo" e outros nomes estrategicamente usados nestas situações em que o nosso interlocutor desapareceu da nossa memória.
Um plano bom mesmo, mas mesmo, era tirar fotografias com o telemóvel (bem discreto) às pessoas que se vão sentando na minha mesa, e rotulá-las com o nome e árvore amizadeológica (uma árvore que estabelecia os nossos laços, através das pessoas que conhecíamos, para termos sempre um tema de conversa que seria, claro está, o amigo em comum).
É chato não saber o nome das pessoas. É pior ainda não lhes reconhecer a cara. Mas mau mau é não saberes se alguém te conhece mesmo ou se não passa de um psicopata e ficares ali a sorrir, com cara de parva, enquanto lhe chamas "tu".
Por isso, se me virem estranhamente inclinada na vossa direcção, com o telemóvel na mão, sorriam :)

2 comments:

Ale said...

eu ainda me lembro de qd alguém me chamva lígia...

Lolly said...

lol ainda outro dia tava a tentar lembrar-me kual era o nome e tava... "nância? noema? nádia?"
lol é LÍGIA!!! ligia eu txi adoro*********lol ;)