.jpg&picpos=0)
Lá estava ele de pé, todos os dias, coberto de graxa branca. Uns sorriam, outros tiravam fotografias, outros nem sequer viravam o rosto. Quando a moeda caía no chapéu, acenava, e as crianças, assustadas, pulavam para trás, agarrando-se às mães.
Ninguém sabia o seu nome, de onde vinha, quantos anos tinha. Não se lhe conhecia família, amigos nem animal de estimação. Ali ficava, direito, quieto, calado, olhos distraídos ou o olhar focado. Na verdade, ninguém sabia dizer.
Só quando, um dia, ele não apareceu, é que alguém se lembrou de perguntar. "Vagabundo, sem-abrigo, imigrante. Artista de rua? Diga antes pelintra!", o polícia ligeiro com o cacetete a rodar.
E depressa veio outro tomar o seu lugar...
No comments:
Post a Comment