Já sentia saudades de tapar discretamente o nariz com a gola do casaco, no metro à hora de ponta. Aquele gesto delicado de empurrar a mulher que insiste em tentar passar-nos à frente para conseguir o único lugar sentado vazio, devorar as páginas de um livro para evitar olhar para o gajo com cara de maluco que nos fixa com olhos esbugalhados... Enfim, as peripécias habituais de um dia nos transportes públicos. Gostei de andar até ao meu carro, naquele fim de tarde/início de noite, com a rua vazia e os passeios livres de carros (e atenção que eu não costumo andar, arrasto-me), porque o lugar mais perto da estação, às 13h, ficava a 10 minutos de distância.
Nem sequer me importei quando o carro ao meu lado tentou passar o STOP e atirar-me para fora da estrada, porque, afinal, o meu carrinho está mesmo a precisar de tapar uns riscos na pintura. Mesmo quando olharam para mim como se eu fosse maluca, só porque ia aos berros a cantar HOW COME YOU DON'T CALL ME da Sra Keys, sorri.
Estou de bem com o mundo, hoje...
No comments:
Post a Comment